Quero ChuPar Pooesia
Quero beber poesia no copo que for despejada.
Quero chupar poesia no sabor que for oferecida.
Quero poesia no balanço do frevo que for executado.
Quero poesia na cor que ela quiser explorar a minha vista.
A poesia atiça a claridade do meu olhar.
A poesia me deixa doidão na hora de declamar.
Quero poesia na palavra ARMA que não mata.
Quero poesia no caldeirão periférico pra deixar de disparar bala.
Quero poesia no cozimento da palavra escrita e falada.
Quero poesia como arma que cospe munição oral.
Poesia é da hora, mano, quem é dela pega mina.
Poesia é da hora, mina, quem é dela pega mano.
Quem é da poesia é bom de cama, é bom de copo.
Vem pra poesia você que tá de bobeira levado pela esteira do cotidiano.
Entra de cabeça nela, vai te levar a loucura.
Onde tem poesia tem amor.
Onde tem poesia tem abraço, beijo no coração.
Onde tem poesia nasce muito neném.
Que depressa vem pra poesia também.
Sem a poesia a coisa fica embaçada.
Não se consegue quase nada nas relações coletivas.
Eu quero poesia.
Eu quero chupar poesia.
Eu quero chupar poesia na boca que tem amor.
Sem os recalques reprimidos do cotidiano dos conservadores.

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