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por Mara Magaña
Mario Vargas Llosa se foi. Uma das minhas paixões literárias de adolescência e juventude, de quem li tudo que havia escrito, muitos dos romances em espanhol, como Batismo de Fogo (La ciudad y los perros), A Casa Verde, e Conversa na Catedral, em quatro volumes, livros que muito carreguei junto a mim, ora o I ,ora o II. Ou III e IV. Tia Júlia e o Escrevinhador, de 1977, já me alcançou na faculdade, colaborando com um jornalzinho universitário, o Ler É, e ganhou resenha caudalosa. Com A Guerra do Fim do Mundo, sobre a Guerra de Canudos, homenageia Euclides da Cunha e seu Os Sertões.
Ganhou o Nobel de Literatura, deu um soco em Gabriel García Márquez, cujo motivo nenhum dos dois jamais revelou, apoiou a revolução cubana e Fidel Castro, mas foi se aproximando do liberalismo, terminando por se candidatar a presidente do Peru, em 1990, por um partido de centro-direita. Perdeu para Alberto Fujimori.
O que se sabe sobre sua mudança de posição política é que ela aconteceu devido à censura imposta pelo regime de Cuba a vários autores, principalmente homossexuais. Dono de excessos, chegou a declarar que preferia Bolsonaro a Lula.
É difícil separar o autor de sua obra, dizem. Entretanto, uma obra, após sua publicação, permanece. Difícil é entender como alguém que escreveu livros como Conversa na Catedral ou Pantaleão e as Visitadoras bandeie-se para o obscurantismo. Tentemos ficar com o Llosa que esquadrinhou a complexa realidade política peruana. Tentemos… Será possível?
Fonte da imagem e do texto: feicebuque da Mara Magaña
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