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Naufrágio, poema de Remisson Aniceto
No alto mar o navio ancorou. A alma cansada sangrou, abalroada pela magoa onde singrava o coração. A proa, ferida, tingiu as águas.Anoiteceu; a maré subiu. No olho escuro do furacão um corpo ferido deságua. Da alma, nenhuma pista.— Morte à vista! Morte à vista!O barco levava riqueza a bordo: fé e esperança cruzando os…