Minha mãe e eu

Minha mãe e eu lendo em Nova Era (MG).

Minha mãe amava os livros, adorava ler e comentar sobre o que havia lido. Lia alto e lia bem, com uma dicção e uma desenvoltura incríveis para o seu pouco estudo. Leu até os seus 88 anos, quando teve que partir. Ela dizia que não queria “ir embora” porque, senão, não poderia mais ler e não veria mais as joias dela (nós). Na verdade, ela era a nossa joia.

Desconfio que onde ela esteja deve haver uma biblioteca com todos os livros que ela queira ler. A leitura era, para ela, uma forma de encantamento. E, lendo, aos 88 anos ela se tornou uma mulher eternamente encantada.

Leia, leia muito. Leia sem esperar nada além do desejo de se conhecer mais e melhor, de conhecer mais e melhor as pessoas e os lugares, de saber por onde e com quem anda e de descobrir novos caminhos. Leia para ter a liberdade de ir e vir e para não ficar prisioneiro de nada e de ninguém.

E escreva, se porventura tiver vontade, para contar da sua vida, das suas aventuras e das suas descobertas sobre as pessoas que conheceu e os caminhos por que passou. Escreva não só para você mesmo, mas para inspirar outras pessoas e lhes dar a oportunidade de que leiam cada vez mais e de que sejam livres.

Texto de fevereiro de 2023 – foto de janeiro de 2022

Um abraço!


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