Gritos, poema de Celso de Alencar

Com quatorze anosminha mãe foi casada.Estava com a idadeem que seus seios se levantavam.Com a idade em que seu corpo se completava.Ainda com quatorze anos,com gritos que a vizinha,D. Ofélia, escutava,minha mãe trouxe minha irmã.E antes que alcançasse os dezesseis,minha outra irmã.Pouco foi ao encontrodas ondas do oceano.Pouco sentiu a sombrada imensa castanheira do quintale […]

Com licença poética, de Adélia Prado

Quando nasci um anjo esbelto,desses que tocam trombeta, anunciou:vai carregar bandeira.Cargo muito pesado pra mulher,esta espécie ainda envergonhada.Aceito os subterfúgios que me cabem,sem precisar mentir.Não tão feia que não possa casar,acho o Rio de Janeiro uma beleza eora sim, ora não, creio em parto sem dor.Mas, o que sinto escrevo. Cumpro a sina.Inauguro linhagens, fundo […]

O que aconteceu, Rubens?

A CATEQUESE POÉTICA COM RUBENS JARDIM, LINDOLF BELL, CLAUDIO WILLER E JORGE DE LIMA Rubens, meu amigo, o que foi isso? Em menos de um mês tanta coisa aconteceu… Primeiro, em meados de abril você me convidou para homenagearmos a poeta cearense Ieda Estergilda no sarau Gente de Palavra do dia 24, evento que foi […]

Convite para escrever na Revista PROTEXTO

Você é escritor, poeta, jornalista, músico, professor, artista plástico? Quer publicar seus trabalhos gratuitamente em uma revista digital de qualidade?A leitura é uma fonte inesgotável de conhecimento e de prazer e quem escreve um poema, uma música, uma crônica, uma tese ou um livro, sabe da sua importância para o leitor. Mas para escrever, para […]

Tem mar revolto nos meus olhos, poema de Rosana Venturini

Imagem copiada do Facebook Um dia…A dor foi longe demais.Foram muitas primaverasde flores mortas,antes mesmo do desabrocharde seu tempo.Foram muitosos livros abertos.Mas os olhos,estavam vendadose condenados em alto mar..Tantos ” quereres”aprisionados a pouca sorte.Dor…Que passou dos limites.Deixando rastros.Vazios expostosPra todo olho que vêse escandalizar. do livro homônimo “Tem mar revolto nos meus olhos”, Editora Paranauê, […]

Naufrágio, poema de Remisson Aniceto

No alto mar o navio ancorou. A alma cansada sangrou, abalroada pela magoa onde singrava o coração. A proa, ferida, tingiu as águas.Anoiteceu; a maré subiu. No olho escuro do furacão um corpo ferido deságua. Da alma, nenhuma pista.— Morte à vista! Morte à vista!O barco levava riqueza a bordo: fé e esperança cruzando os […]