A leitura de histórias para crianças é uma prática maravilhosa que estimula a imaginação, ensina novos conceitos e palavras, e cria um momento de conexão entre adultos e crianças. Especialmente no caso de crianças de 5 anos, que estão em plena fase de desenvolvimento da linguagem e da compreensão do mundo, a leitura de livros pode ser uma ferramenta poderosa. Aqui estão algumas dicas sobre como ler livros para crianças de 2 a 6 anos de forma eficaz e envolvente.
1. Escolha o Livro Certo
O primeiro passo é escolher o livro certo. Para crianças de 5 anos, os livros devem ser visualmente atraentes, com ilustrações coloridas e personagens interessantes. O conteúdo deve ser apropriado para a idade, com palavras e conceitos simples que a criança possa entender. Livros que apresentam rimas ou repetição também podem ser uma boa escolha, pois esses elementos podem ajudar as crianças a lembrar do que ouviram e a desenvolver suas habilidades linguísticas.
2. Prepare-se para a Leitura
Antes de começar a ler, dê uma olhada no livro. Familiarize-se com a história e pense em perguntas ou comentários que você possa fazer para envolver a criança na leitura. Você também pode querer pensar em diferentes vozes ou gestos que possa usar para os diferentes personagens.
3. Crie um Ambiente Confortável
Crie um ambiente tranquilo e confortável para a leitura. Isso pode ser em uma poltrona confortável, na cama antes de dormir, ou em qualquer lugar onde a criança se sinta relaxada e possa se concentrar na história. Evite distrações, como televisão ou outros eletrônicos.
4. Leia com Expressão
Ao ler a história, use uma voz animada e expressiva. Altere seu tom de voz para diferentes personagens ou partes da história. Isso ajuda a manter a atenção da criança e torna a leitura mais divertida e interessante.
5. Faça Perguntas
Durante a leitura, faça perguntas para envolver a criança na história. Isso pode ser perguntas sobre o que ela acha que vai acontecer em seguida, como ela acha que os personagens estão se sentindo, ou o que ela faria em uma situação semelhante. Isso ajuda a criança a pensar criticamente sobre a história e a desenvolver suas habilidades de compreensão.
6. Faça Conexões com a Vida Real
Tente relacionar a história à vida real da criança sempre que possível. Isso pode ser feito comparando os personagens ou situações do livro com pessoas ou eventos na vida da criança. Isso ajuda a criança a entender a história e a ver como ela se aplica ao mundo real.
7. Incentive a Participação
Incentive a criança a participar da leitura tanto quanto possível. Ela pode fazer isso repetindo frases da história, apontando para as imagens no livro, ou até mesmo tentando ler algumas palavras ela mesma. Isso ajuda a criança a se sentir mais envolvida na leitura e a desenvolver suas habilidades de leitura.
8. Respeite o Ritmo do seu Filho
Cada criança tem seu próprio ritmo de aprendizado e absorção de informação. Respeite esse ritmo. Se a criança quiser parar e falar sobre uma imagem ou parte da história, permita. Se ela quiser ouvir a mesma história várias vezes, isso é normal. Repetição é uma forma importante de aprendizado para as crianças.
9. Faça da Leitura um Hábito Regular
Tente tornar a leitura uma parte regular da rotina da criança. Isso pode ser uma história antes de dormir, uma leitura depois da escola, ou qualquer outro momento que funcione para vocês. Quanto mais a criança for exposta à leitura, mais fácil será para ela desenvolver habilidades de leitura e amor pelos livros.
10. Divirta-se! Com eles
Por último, mas não menos importante, divirta-se! A leitura deve ser uma atividade prazerosa para você e a criança. Quando você se diverte lendo, a criança também se diverte e está mais propensa a desenvolver um amor pela leitura.
Ler para uma criança de 5 anos é uma atividade incrivelmente gratificante. Além de ajudar no desenvolvimento cognitivo e linguístico da criança, você estará criando memórias preciosas e cultivando um amor pela leitura que pode durar a vida toda. Lembre-se de que a chave é manter a atividade divertida e envolvente, e sempre respeitar o ritmo e os interesses da criança. Boa leitura!
Aqui nessa postagem irei te apresentar os 10 melhores livros ilustrados por toda família, você pode encontrar esses livros no kindle unlimited, e todos nós já sabemos que Kindle unlimited vale a pena sim, mas caso você acha que não segue abaixo os 10 livros citados.
Resumo: Ally é uma garotinha que adora dinossauros. Ela pisa em torno da casa, ruge e diz a sua mãe e professora para chamá-la de Ally-saurus. É o primeiro dia de escola de Ally, e as outras crianças que ela conhece não sabem o que fazer com seu comportamento de dinossauro. Para piorar as coisas, eles não querem brincar de dinossauro com ela. Um garoto acha que ele é um astronauta. Três outras garotas acham que são princesas e não são especialmente gentis com Ally. Ela fica sozinha na hora do almoço, até que ela se une a Cindy, que gosta de dragões, Jason, que gosta de leões, e Walter, que está simplesmente apaixonado pela sua nova lancheira. Em pouco tempo, todas as crianças brincam juntas, experimentando novos jogos que incorporam seus vários personagens favoritos. Durante o tempo da biblioteca, Ally começa a conferir um livro sobre dinossauros. A bibliotecária diz a ela que existem livros sobre todos os tipos de coisas diferentes. Ally acaba recebendo um livro sobre coelhos. No dia seguinte, ela pula da cama com orelhas de coelho e mal pode esperar para ir para a escola.
Crenças cristãs: nenhuma
Papéis de autoridade: os pais de Ally a ajudam a se preparar para o primeiro dia de aula e a incentivam em seu novo empreendimento. A professora e bibliotecária da Ally a ajuda a aprender e a tentar coisas novas.
PORQUE SEUS AVÓS TE AMAM
Resumo: Um menino e uma menina visitam a fazenda de seus avós. Eles descobrem rapidamente que a vida na fazenda inclui muitas atividades que são difíceis ou desafiadoras para os pequenos. Quer estejam evitando o estrume de vaca, alimentando cavalos assustadores, transportando feno, pegando ovos de galinhas ou colhendo e descascando maçãs, as crianças enfrentam seus desafios. Cada vez, o narrador menciona uma observação crítica ou cautelosa que um avô poderia fazer nesta situação. Mas esses avós nunca fazem. Em vez disso, eles gentilmente mostram às crianças como administrar a tarefa e ajudam as crianças quando elas precisam. O resultado do trabalho árduo de todos é uma torta de maçã caseira. Depois do jantar, todos jogam um jogo perto do fogo e o avô lê uma história para dormir. Os avós mandam as crianças para a cama com palavras reconfortantes sobre a fazenda adormecida e a diversão que elas terão amanhã.
Crenças cristãs: nenhuma
Papéis de autoridade: Vovó e vovô carinhosamente dedicam tempo para ensinar seus netos em vez de ficarem zangados ou depreciarem seus erros.
PRIMEIRA PRIMAVERA DO COELHO
Resumo:Um coelhinho assiste a nova vida aparecer ao seu redor. Grama e árvores crescem. Novos cordeiros, galinhas e patos nascem, todos experimentando suas novas e pequenas pernas. Robins cantam e constroem ninhos nas árvores. Logo, seus bebês começam a voar. Maçãs, milho e flores crescem, e os pais do coelhinho dizem que o mundo é forte e bonito como ele. Bunny fica preocupado, no entanto, à medida que os dias se tornam mais curtos e frios. Aves, ratos e rãs deixam as casas para locais mais quentes. Enquanto o coelho observa as folhas caírem das árvores esqueléticas, ele teme que a terra esteja morrendo. Os rios, plantas e animais gentilmente chamam a atenção para que retornem. Bunny, com muito sono, se aninha em uma caverna com seus pais. Uma manhã, ele finalmente vê o gelo rachando e derretendo, seus amigos retornando e plantas explodindo da terra. O coelho animado acredita que é o aniversário do mundo inteiro.
Crenças cristãs: Uma citação de Martinho Lutero na página final fala sobre Deus escrevendo Sua promessa de vida nova nas folhas da primavera.
Papéis de autoridade: Os pais de Bunny encorajam-no enquanto ele se deleita com a beleza do mundo e consola-o quando ele teme que a terra esteja morrendo.
UMA DÚZIA DE PRIMOS
Resumo:Anna tem uma dúzia de primos. Eles são todos mais jovens e todos eles são meninos. Ilustrações coloridas dos desenhos animados mostram as maneiras como essas criaturas fedorentas e ruidosas aterrorizam Anna. Eles leram o diário dela. Eles pintam a casa com seus suprimentos de artesanato. Eles colocam criaturas em seu chapéu para ver o que ela vai fazer. Eles usam suas roupas e brinquedos para suas aventuras ao ar livre e até tentam lançar sua boneca no espaço. Eles se esgueiram várias vezes, colocam cubos de gelo nas costas e usam o violino para pescar. Eles fingem ser doces, mas acabam brincando com ela. Eles comem todos os doces da casa e abandonam Anna quando o caminhão de sorvete desce a rua. Anna sempre parece calma e serena com suas travessuras. O livro termina com uma foto de Anna e suas primas comendo sorvete juntos. O narrador diz que, apesar de tudo, Crenças cristãs: nenhuma
Funções de autoridade: nenhuma
AMIGOS DISTANTES
Resumo: Sheldon fica triste quando seu melhor amigo no bairro se afasta. O caminhão em movimento diz Jupiter Moving Co., então Sheldon sabe que seu amigo está se mudando para Júpiter. Ele se pergunta como verá seu amigo novamente. Então ele tem uma ideia. Ele voará para Júpiter! Com a ajuda de seu cão fiel, Jet, ele começa a projetar um foguete usando latas de lixo, uma tampa de churrasqueira, a casa de cachorro e vários outros pedaços de madeira. Sheldon e Jet entrar em seu navio, a Amizade 1,e decolar. Eles viajam através de tempestades espaciais imaginárias e vêem outros discos voadores. Então, por cima da cerca, eles vêem um menino vestido de alienígena com seu gato. Sheldon teme que eles estejam sob ataque, até que o alienígena passe por cima de seu triciclo. Ele se apresenta como Rubin e diz que seu gato alienígena é Nova. Rubin ajuda Sheldon a consertar sua nave, e eles decolam juntos para Júpiter.
Crenças cristãs: nenhuma
Funções de autoridade: nenhuma
LITTLE SLEEPYHEAD
Resumo: Esboços suaves e coloridos mostram vários bebês cansados se preparando para a hora de dormir. Frases curtas falam sobre as minúsculas partes do corpo que se exercitaram ao longo do dia. Os bebês são retratados deitados de costas, balançando os dedos dos pés e andando e rastejando com os pais. Alguns bebês sentam-se com irmãos mais velhos comendo um lanche ou soprando bolhas. Os braços pequenos acenam em pássaros na jarda e jogam com animais de estimação. Os avós abraçam-se com os pequenos e um vovô toca violão para acalmar um bebê para dormir. Uma mãe lê uma história para dormir. A foto final mostra um bebê dormindo com seu brinquedo de pelúcia favorito.
Crenças cristãs: nenhuma
Papéis de autoridade: Pais e avós amam carinhosamente, seguram e brincam com os bebês.
LAMA DO LAMA DO LAMA E VOVÔ
Resumo: Llama vai para o Gram e o vovô para sua primeira noite longe da Mamãe. Ele coloca seu brinquedo de pelúcia favorito, Fuzzy Llama, no banco de trás com sua mochila. Na casa de seus avós, ele faz um lanche, brinca com eles na fazenda, faz um trabalho com o avô e desfruta de um delicioso jantar. Depois que eles olham para as estrelas juntas e leem, Llama começa a chorar. Ele percebe que deixou Fuzzy Llama no carro e não pode ir dormir sem ele. Vovô produz rapidamente a lhama recheada que ele tinha quando criança. Gram e vovô dobram Llama mais uma vez. Desta vez, segurando a lhama do vovô, ele dorme em paz.
Crenças cristãs: nenhuma
Papéis de autoridade: Mamãe pega Llama e o leva para a casa de seus avós. Vovô e vovô conversam amorosamente, entretêm e consolam Lhama durante toda a sua visita.
PENNY AND JELLY: O PROGRAMA DA ESCOLA
Resumo: Todas as crianças do Peabody Elementary estão participando do show de talentos. Penny experimenta todos os tipos de talentos, desde a tuba tocando até a dança de salão e o baton girando até o design de moda para cães. Ela faz uma lista de idéias, mas, no final das contas, corta tudo quando não consegue fazê-lo bem. Seu cão fiel, Jelly, vê-la através de suas tentativas fracassadas fazê-la desanimada. Penny senta tristemente em seu armário com Jelly ao seu lado. Ela decide ignorar o show de talentos para que ninguém saiba o quão sem talento ela realmente é. Menina e cachorro uivam juntos, e Penny tem uma ideia. Para o show de talentos, eles fazem um dueto. Geleia uivos, e Penny joga kazoo. Eles ganham o prêmio de melhores amigos.
Crenças cristãs: nenhuma
Papéis de autoridade: O diretor da escola apresenta prêmios no show de talentos.
OS PLANOS QUE TENHO PARA VOCÊ
Resumo: O narrador, Deus, diz aos leitores que Ele tem grandes planos para eles. Ele pode usá-los em um hospital, um zoológico ou uma floresta tropical. Eles podem ser chefs, dançarinos, artistas ou músicos. Eles podem ensinar escola, voar aviões, construir edifícios ou ajudar os doentes. Ele diz que Seus propósitos são grandes e colocou um propósito especial em cada pessoa ao nascer. Ele está contando com eles para serem suas mãos e pés. Ele os lembra que Ele deixou instruções em Seu livro, então eles deveriam lê-lo e aprender como cumprir Seus propósitos. Ele diz a eles que não há nada na terra que eles não possam fazer se eles tiverem Sua ajuda. Ele os incita a encontrar o que os inspira e faz para que eles possam tornar o mundo melhor.
Crenças cristãs: O livro gira em torno de Jeremias 29:11. Este verso aparece na frente do livro.
Papéis de autoridade: em várias fotos, as crianças que estão seguindo os planos de Deus estão cercadas por adultos felizes que tentam ajudá-los a ter sucesso.
GRATO
Resumo: Sob os olhos vigilantes e amorosos de seus pais, um irmão e uma irmã mais novos se vestem e testam diferentes carreiras enquanto brincam de fingir. Eles imaginam o que cada tipo de pessoa deve apreciar mais diariamente. Eles sugerem que os repórteres devem ser gratos por notícias; jardineiros para brotos; poetas para rimas; médicos para pacientes saudáveis; e alfaiates para máquinas de costura. Eles se imaginam como um artista, um bombeiro, uma garçonete, um palhaço, um dançarino, um apicultor – até o prefeito e a rainha. Eles pensam em como os viajantes devem ser gratos por hotéis aconchegantes e observadores de pássaros para que novos tipos de pássaros sejam adicionados às suas listas. No final, a irmã abraça o irmão e diz que é grata por ele.
Crenças cristãs: Um pastor é descrito como sendo grato pela Palavra amorosa de Deus. O Salmo 107: 1 aparece no começo do livro.
Papéis de autoridade: os pais das crianças brincam com eles e os ensinam pacientemente a fazer atividades domésticas como costurar e cozinhar.
Alguma vez você pensou o que será que estão pensando de mim? o que será que vão pensar de mim?
Esses são dois pensamentos típicos de uma pessoa tímida, e nesse artigo, eu vou contar pra você 5 passos práticos embasados pela psicologia para você vencer a timidez.
Uma pessoa tímida comumente fica preocupada com o que os outros vão pensar dela e isso gera um sentimento de vergonha, de receio e até mesmo de medo incerteza. Tudo isso gera um sentimento de culpa, a frustração, extensa rejeição e muitas vezes solidão;
Você conhece alguém que em determinado momento gostaria de ter dito algo para alguém mas não falou por receio do que será a outra pessoa ia pensar? Como será que ela ia reagir ? Ou conhece alguém que já deixou de expressar sua opinião por receio e medo de não ser aceito?
Nesse Texto vou te ajudar com dicas para superar toda timidez. Então vamos lá 7 passos práticos para você de uma vez por todas superar esta vergonha e timidez e viver a sua melhor versão.
PASSO 1 – Identificar o problema
Entenda que ninguém nasce tímido e não existe o gene da timidez, ao longo da nossa vida nós aprendemos a nos comportarmos assim. Agimos de determinada forma e esta forma que a gente foi aprendendo de certa maneira foi dando certo.
Só que mesmo que tenha dado certo lá atrás na sua história, hoje, pode estar gerando um grande sofrimento, fazendo você perder oportunidades.
Todo ser humano tem um ninho de timidez. Eu tenho, todos nós temos. O ponto vai ser descobrir qual o início desta timidez e se ela estaria impedindo sua vida ou não. Para isso é preciso fazer um exercício e olhar para dentro de você procurar identificar isso.
Claro que uma visita ao psicólogo vai ajudar você a identificar melhor a origem da sua timidez.
PASSO 2 – Olhe nos olhos das pessoas
Olhe nos olhos das pessoas quando você for conversar com ela, é pra você olhar com naturalidade como se você estivesse assistindo televisão (não pareça um maluco encarando as pessoas [risos] ) quando se assiste televisão, você olha para a tela e encara a televisão e da mesma forma olhe com naturalidade quando você estiver conversando com as pessoas.
Você vai estabelecer conexão através do olhar, o que você vai fazer nas suas outras relações você também vai estabelecer essa relação através do olhar. Você já deve ter ouvido que os olhos são a janela da alma, pois eles são mesmo, eles geram conexão, geram essa interação mais profunda. Então pra você vencer a timidez olhe nos olhos das pessoas.
PASSO 3 – Postura Corporal
Como é que uma pessoa tímida normalmente anda na rua? Ela anda com o tronco aberto, cabeça voltada para cima, ela anda com os ombros caídos olhando para baixo.
uero que faça postura aberta tronco aberto, pescoço na direção da pessoa, postura reta e olhar nas pessoas ao seu redor, volta o passo anterior que será fazer a questão de olhar o que ser desconfortável, a principio, mas mesmo que seja desconfortável você vais sair da zona de conforto.
PASSO 4 – Confie em você mesmo
Questionamentos internos podem sabotar você e todo ser humano tem uma voz interna e essa voz pode ser sabotadora.
Evite colocar muita pressão sobre si mesmo. Muitas vezes, nos cobramos em demasia, o que faz com que não possamos atingir as nossas próprias expectativas. Pegue leve! Conheça o seu valor e comemore, pouco a pouco, as conquistas diárias. Assim, você será muito mais confiante ao longo de sua jornada.
Além da comparação, a busca pela aceitação de outras pessoas também é outro problema muito recorrente e que deve ser evitado. Ainda que queiramos ser admirados pelos outros, saiba que, primeiramente, você mesmo deve estar orgulhoso de si.
Passo 5 – Seja Espontâneo
Não é porque você vai dar um basta na timidez, que agora vai virá a pessoa mais expansiva do universo, porque esse não é você. Não vista uma roupa que não é sua. Sabe quando você tem que falar diante de um público, e você começa a interpretar um papel? Falar em público é sobre o potencial que você tem para se conectar com as pessoas.
Portanto, para você vencer a timidez seja espontâneo. Não crie uma versão exagerada de você, o segredo é agir como você se comporta com as pessoas que você se sente mais à vontade, você costuma dá risada? é brincalhão? é mais sério? mais conservador?
O jeito que você é com as pessoas que você está a vontade, é esse jeito que você vai buscar se comportar!
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Você, assim como nós, quer escapar da corrida de ratos o mais rápido possível, mas não quer fazer tudo de maneira atribulada e meter os pés pelas mãos.
Corrida de ratos, para quem não sabe, é como os americanos designam o estilo de vida moderno, em outras palavras, a prisão moderna, em que:
Você se dedica 100% a um trabalho exaustivo e estressante;
Você não tem tempo para a família e toda atividade prazerosa tem tempo contado (e curto!);
Você tem uma enorme lista de nobres desejos para os quais sabe que nunca terá tempo nessa vida (pois tem que trabalhar), como: aprender um instrumento, ler mais, aprender outra língua, escrever um livro, viajar por um longo período, voluntariar-se, etc.
Você vive enforcado em múltiplas prestações e gastos fixos (financiamento imobiliário e de carros bacanas, eletrodomésticos não-tão-úteis e múltiplos gastos recorrentes, crédito consignado) que o forçam a permanecer naquele emprego desgastante;
Seu lazer é tão passageiro e secundário que você não tem tempo para buscar atividades mais elaboradas que os pacotes de final de semana pré-preparados (exemplos: roteiro shopping-cinema-praça de alimentação, roteiro shopping-supermercado, roteiro bar-tv-churrasco);
O tempo que você passa em família costuma ser tão desgastante quanto o trabalho, pois é o único tempo que você disponível para realizar os afazeres domésticos (que se tornaram insuportáveis, já que você está cansado) e para aparar todas as arestas com aquelas pessoas com quem, embora “próximas”, você convive menos do que com seus colegas de trabalho.
A verdade crua e nua
O pior, que no fundo você sabe, mas não quer acreditar, é que apenas ganhar mais dinheiro não resolverá seus problemas. Pois você continuará cavando o mesmo buraco, submetendo-se voluntariamente com cada vez mais afinco a essa corrida em círculo vicioso.
A Armadilha Perfeita
Esse estilo de vida não é construído de uma hora para outra. Depende de anos de:
Educação opressora: somos treinados para ouvir e repetir. Os melhores alunos são aqueles que decoram o máximo e menos contestam. Não ouse criar ou expressar sua opinião, você terá péssimos resultados escolares;
Falta de opções, pressão social (principalmente familiar) para se resignar e aceitar de bom grado a situação e o emprego que lhe foram impostos (afinal, há muita gente em piores condições, dirão eles);
Hábitos de consumo terríveis, incapacidade de poupar com um objetivo de alcançar a liberdade;
E, principalmente:
Falta de contato com pessoas que tenham o mesmo objetivo. Convenhamos: a armadilha social armada para captura-lo pelo resto de sua vida é perfeita.
É quase impossível alguém, sozinho, reunir:
A força (É necessária determinação suprema),
A coragem (De ir contra a maré) e
O conhecimento do que deve ser feito (Quem as conhece? Está em algum livro?)
… Necessários para escapar da corrida dos ratos.
Esse é o diagnóstico, esse é um dos problemas individuais (mas também sociais) que o MTL nasceu para combater (o outro é a questão ambiental).
O MTL espera reunir um grupo de pessoas comprometidas com o próprio futuro, comprometidas em deixar um rastro por esse mundo, mas não o rastro de lixo consumido alienadamente (como querem que deixemos), mas um rastro de ações que expressaram a nossa personalidade.
A notícia da renúncia de Bento XVI pegou de surpresa mais de 1 bilhão de católicos no mundo inteiro. Com sua atitude, o papa poderá ter desencadeado uma revolução no alto comando da Igreja como nunca foi visto em 2 mil anos de história
No dia 11 de fevereiro de 2013, durante uma reunião do conselho de cardeais, Bento XVI fez um pronunciamento que, em um primeiro momento, provocou abalos na Igreja Católica. Em seus mais de 2 mil anos de existência, a maior religião do planeta em número de fiéis já atravessou por períodos de crises e guerras, mas sempre com firmeza e uma razoável dose de serenidade.
Sem alterar a voz e falando em latim, língua oficial da Igreja Católica, Bento XVI anunciou: “Queridos irmãos, convoquei vocês para comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter repetidamente reexaminado minha consciência perante Deus, cheguei à certeza de que minhas forças, devido à minha idade avançada, não são mais adequadas para o exercício do ministério de Pedro.”
Como justificativa, o papa afirmou que, no mundo atual, é preciso muito vigor e energia de corpo e espírito para acompanhar as rápidas mudanças e que ele não se sentia forte o suficiente para cumprir o trabalho que lhe foi confiado quando foi eleito, em 19 de abril de 2005. Apesar da surpresa, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou que os papas têm o direito e até o dever de renunciar nesses casos e que a decisão de Bento XVI foi de “extrema coragem”.
Explicações sob suspeita
Passados o susto e o choque, surgiram inúmeras especulações e versões sobre a verdadeira razão da renúncia. “Acredito que o motivo oficial anunciado de não ter mais forças suficientes para conduzir uma tarefa de tal envergadura seja real. Porém, acho também que outros fatores foram levados em conta quando o papa tomou sua decisão. Renunciar ao papado não é realmente um ato usual, daí a surpresa. Mas pelo Direito Canônico é perfeitamente legal”, resume Ney de Souza, professor de História da Igreja Contemporânea da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e doutor em História Eclesiástica pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma.
O professor de Teologia Antonio Manzatto, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, também acredita que Bento XVI foi levado à renúncia por motivos pessoais, ainda que também não descarte a hipótese de que alguns acontecimentos tenham influenciado sua decisão: “Joseph Ratzinger é um estudioso, um teólogo erudito, mais voltado aos livros e à meditação, não muito afeito a lidar com questões políticas, financeiras e administrativas inerentes ao cargo para o qual foi eleito. Pode ser, sim, que estivesse cansado de lutar contra questões tão complexas.”
Passagens profanas
O período de Bento XVI no comando foi marcado por várias denúncias que podem ter sido transformadas, ao longo do tempo, em motivos para a sua renúncia. A primeira estaria ligada a um dos escândalos que mais atingiu a imagem da Igreja Católica, quando, em 2010, padres das igrejas da Irlanda, Alemanha, Áustria, Bélgica e Estados Unidos foram acusados de milhares de casos de pedofilia.
Ao que tudo indica, Bento XVI tentou por todas as maneiras dar um basta ao abuso de crianças e adolescentes. Sua disposição em enfrentar o problema ficou clara quando escreveu uma carta pastoral aos católicos da Irlanda, conclamando-os a reagir e censurando publicamente os bispos que acobertaram os pedófilos. Porém, o corporativismo do clero falou mais alto. Autoridades da Igreja em vários países se fizeram de surdos aos apelos do papa, que se viu abandonado por seus pares, e pouco pôde fazer no combate à pedofilia, que era tido como um dos pontos principais de seu pontificado.
Escândalos financeiros
O outro motivo não foi de ordem doutrinária, mas financeira, e tem a ver com notícias sobre contas maquiadas e o uso pouco transparente do dinheiro do Banco do Vaticano. Esse escândalo, assim como os casos de pedofilia, Bento também recebeu como herança de seu antecessor João Paulo II.
Em setembro de 2009, Ratzinger nomeou o banqueiro Ettore Gotti Tedeschi para o posto de presidente do Instituto de Obras Religiosas (IOR), com o objetivo de colocar em ordem as finanças do Vaticano. Em 2010, a justiça italiana abriu uma investigação sobre o banco e bloqueou 23 milhões de euros de suas contas por suspeita de lavagem de dinheiro. O banqueiro só permaneceu três anos à frente do IOR até ser demitido, em 2012, “por irregularidades em sua gestão e desentendimentos com a Cúria”.
Segundo notícias veiculadas em jornais do mundo inteiro, quando assumiu, Tedeschi começou a elaborar um dossiê no qual registrou contas secretas onde se escondia dinheiro sujo de políticos, intermediários, construtores e altos funcionários do Estado. Até Matteo Messina Denaro, o novo chefe da mafiosa Cosa Nostra, aparentemente guardava seu dinheiro no IOR por meio de laranjas.
Cadáver na ponte
As denúncias de crimes financeiros graves aparecem nos noticiários desde o fim dos anos 80, quando a justiça italiana emitiu uma ordem de prisão contra o então presidente do IOR, o arcebispo norte-americano Paul Marcinkus, na época o maior responsável pelos investimentos da Santa Sé.
Com o argumento da soberania territorial do Vaticano, João Paulo II evitou que o “banqueiro de Deus”, como Marcinkus era chamado, fosse preso. Para piorar o caso, em 18 de junho de 1982, um cadáver enforcado na ponte de Blackfriars, em Londres, veio assombrar ainda mais a história. O corpo em questão era de Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano, uma das principais instituições financeiras católicas da década de 80. O suposto suicídio de Calvi expôs uma imensa rede de corrupção que incluía, além do Banco Ambrosiano, a loja maçônicaPropaganda Due (P2) e o próprio IOR de Marcinkus.
Como se não bastasse, no início de 2012, um canal de televisão italiano divulgou cartas enviadas a Bento XVI pelo núncio nos EUA, Carlo Maria Vigano, nas quais o cardeal denunciava a “corrupção, má-fé e má gestão” na administração do Vaticano. A divulgação revelou a existência de roubo e vazamento de documentos confidenciais da Santa Sé.
Coincidência ou não, Tedeschi saiu do banco poucas horas depois da detenção de Paolo Gabriele, mordomo do papa acusado do roubo de documentos secretos. A destituição do banqueiro amigo de Bento parece ser mais um lance na disputa de poder que ocorre entre os muros do Vaticano, o que o tornou vítima de um complô armado por conselheiros do banco com o aval do secretário de Estado, Tarcisio Bertone. O prelado é responsável pela comissão de cardeais que fiscaliza o funcionamento do banco e inimigo pessoal de Tedeschi.
Existem especulações de que o roubo dos documentos e a queda de Tedeschi façam parte do mesmo enredo o qual parece levar, direta e indiretamente, ao todo-poderoso Bertone. Durante as investigações sobre o vazamento dos documentos secretos, também foi detido o italiano Claudio Sciarpelletti, amigo do mordomo do papa.
Ainda que o porta-voz do Vaticano, Frederico Lombardi, tenha afirmado que Sciarpelletti não tenha nada a ver com o VatiLeaks, como ficou conhecido o vazamento de documentos confidenciais da Santa Sé, paira a suspeita da ligação do caso com o cardeal Bertone, na medida em que Sciarpelletti era técnico de informática da Secretaria do Estado e seu funcionário direto.
O motivo final
Havia mais de dois anos o papa vinha acalentando a ideia da renúncia, especulam os estudiosos dos assuntos do Vaticano. Um indício desse desejo papal, que na época não despertou a atenção, aconteceu na visita à região de L’Aquila, atingida por um terremoto em 2009. Na ocasião, o papa visitou na cidade a Basílica de Santa Maria di Collemaggio, onde se encontra o túmulo de Celestino V, o papa que há quase oito séculos criou a lei que permite a renúncia. No ano seguinte, Bento fez orações na Catedral de Sulmona, que guarda as relíquias de Celestino.
Porém, um fato gravíssimo publicado pelo jornal italiano La Repubblica no dia 21 de fevereiro parece ter sido a gota d´água que fez transbordar as angústias de Bento. O responsável pela tomada final de decisão foi um dossiê de capa vermelha, em dois volumes, com o resultado de uma investigação encomendada pelo próprio papa a três cardeais de sua confiança.
De acordo com o jornal, o parecer, que teria sido entregue ao papa no dia 17 de dezembro de 2012, traz informações detalhadas de uma extensa rede de prostituição homossexual envolvendo seminaristas e imigrantes irregulares para servir ao alto escalão da Igreja. Os encontros teriam ocorrido em diversos locais de Roma e até mesmo na casa de um arcebispo italiano.
Segundo a publicação, no relatório, aparece o nome de Marco Simeon, um protegido do secretário do Estado Tarcisio Bertone. Simeon já tinha sido investigado sobre a corrupção entre os muros da Santa Sé e também foi citado no caso da demissão de Ettore Tedeschi, ex-presidente do Banco do Vaticano que tentou limpar o IOR sem sucesso.
As meias palavras do papa
Em sua primeira aparição pública desde o comunicado da renúncia, Bento XVI condenou a divisão na Igreja Católica e a hipocrisia religiosa, o que fortaleceu os rumores de que as lutas de poder no Vaticano influenciaram a decisão.
Na missa da abertura da Quaresma, Bento XVI também propôs que as rivalidades sejam superadas. Suas palavras parecem sugerir que o embate que existe entre o cardeal Tarcisio Bertone e seu antecessor no cargo, o decano Angelo Sodano, é real e não apenas fofocas palacianas. Nos dias que sucederam ao anúncio da desistência do papado, os dois divergiram, por exemplo, sobre a nomeação do presidente do Banco do Vaticano.
Soldano preferiria que o novo presidente fosse nomeado pelo próximo papa. Já Bertone defendia a tese que Bento XVI deveria fazer a nomeação. Sua preferência recaía sobre o nome do banqueiro belga Bernard De Corte, um completo desconhecido no ninho do Vaticano. A vontade de Bertone saiu vitoriosa, mas não exatamente do jeito que ele queria. No dia 15 de fevereiro, foi anunciada a nomeação do banqueiro Ernst von Freyberg. O alemão não tem nenhuma ligação com a comissão cardinalícia que administra o banco.
A ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas perseguiu o escritor que defendeu a exploração do petróleo pelo capital nacional. Visionário, o futuro se encarregou de ratificar suas ideias que tiveram “por consequência” a criação da Petrobrás
Quantas vezes aqueles que defendem um ponto de vista justo são tratados como vilões. Principalmente em nosso país, aqueles que lutam pela soberania nacional, pela afirmação de nossa identidade de brasileiros e pelos interesses de nosso povo foram, em diversos momentos da História, vilipendiados, maltratados, perseguidos e humilhados, muitas vezes caluniados e tachados de inimigos do Brasil.
De maneira mais particular, é em nações como a nossa, em que os interesses dos estrangeiros prevalecem, que quem se atreve a fazer oposição à hegemonia do capital internacional, muitas vezes, é perseguido, censurado, preso. Foi o caso de Monteiro Lobato. O escritor, que se notabilizou, principalmente pela sua atuação na literatura infantil, teve trabalho censurado pela ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas. A obra O Escândalo do Petróleo, de 1936, denunciou funcionários estrangeiros do Departamento Nacional de Produção Mineral pela revelação de segredos do subsolo a empresas estrangeiras, remunerados que foram por elas. A obra fez muito sucesso e esgotou três edições já no mês de lançamento.
Tendo sido liberado só em 1945, com o fim do governo de Getúlio, o livro foi o primeiro incentivo para o movimento nacionalista que, defendendo a exploração do mineral pelo capital brasileiro, levou à implantação da Petrobrás. Monteiro Lobato, tendo sido reconhecido em 1927 pelo presidente Washington Luís como legítimo representante dos interesses nacionais, foi por ele nomeado adido comercial nos Estados Unidos. Naquele país, o escritor ficou a par das novas conquistas tecnológicas e industriais ligadas à exploração do petróleo e do ferro e ao desenvolvimento do setor de transportes. Assim, Lobato sugeriu que o Brasil adotasse políticas relacionadas a essas atividades semelhantes às americanas.
Em 1928, tendo visitado a fábrica da General Motors, começou a organizar uma empresa de produção de aço em nosso país. Investiu, então, na bolsa de valores para levantar capital para a companhia que pretendia fundar para a produção da liga metálica. Logo, com a crise econômica de 1929, quebrou financeiramente, perdendo todo seu investimento.
Antipatia recíproca
Monteiro Lobato e o governo Getúlio Vargas se antipatizaram mutuamente desde o começo. Em 1930, o escritor apoiou Júlio Prestes para a sucessão de Washington Luís. Assim, enviou uma carta ao possível sucessor em apoio, declarando sua simpatia a ele convencido de que Prestes, continuísta, era a alterativa mais conveniente para as políticas energéticas brasileiras. Eleito Júlio Prestes, não chegou ele, todavia, a tomar posse. A Revolução de 30, liderada por Vargas, derrotado naquela eleição, tomou o poder à força de armas e estabeleceu um governo discricionário. Lobato estava, então, em Nova Iorque. Retornando ao Brasil no ano seguinte, começou a encabeçar uma campanha em defesa do investimento de capital nacional em petróleo, ferro e estradas de rodagem e ferrovias com a intenção de promover o desenvolvimento de nosso país.
Naquele ano, Monteiro Lobato criou a Companhia Petróleos do Brasil, privada, de capital aberto, que, tendo se constituído num sucesso, vendeu no primeiro mês mais de 50 por cento de suas ações. A empresa começou a explorar petróleo no campo de Araquá, em São Paulo, onde hoje é a cidade de São Pedro. Posteriormente, o escritor criou a Companhia de Petróleo Cruzeiro do Sul e a Companhia Mato grossense de Petróleo. Apesar dos indícios de que havia petróleo naquele estado – pois fora encontrado o mineral na Bolívia, próximo à fronteira – o governo Vargas continuava afirmando que não o havia em nosso território. Diziam que se houvesse petróleo em nossas terras, os americanos já o haveriam descoberto. Assim, o Brasil seguia comprando o óleo dos gringos que, de acordo com a suspeita de Monteiro Lobato, já tinham mapeado áreas no Brasil onde havia petróleo e se preparavam para explorá-lo.
Entreguismo getulista
Enquanto isso, a empresa fundada por Lobato era vítima de perseguições e intervenções pelo governo na tentativa de demovê-lo de fazer face aos estrangeiros na exploração de minério de ferro e na prospecção de petróleo, caso viesse a ficar comprovada sua existência no Brasil. Então, o escritor enviou uma carta a Vargas na qual denunciava que as jazidas de ferro mais valiosas já estavam nas mãos dos estrangeiros e as prováveis jazidas oleíferas caminhavam para o mesmo destino. Na correspondência, Lobato afirmava, também, que possuía uma carta do chefe dos serviços geológicos da Standard, empresa americana, em que o funcionário declarava sua intenção e de seus compatriotas de “manter o Brasil em estado de ‘escravização petrolífera’”.
O entreguismo getulista prosseguia com o governo insistindo em afirmar que não havia petróleo no Brasil. Parece que os americanos iam protelando a descoberta e o anúncio da existência do mineral biológico em nosso país enquanto realizavam pesquisas com a intenção de que, uma vez confirmada, eles pudessem levar a termo seus intentos – chamados imperialistas – de monopolizar a prospecção e exploração do óleo em terras brasileiras.
Por aquela época não se conhecia jazida alguma de petróleo ou gás por aqui. O país, com efeito, não dispunha de tecnologia nem conhecimento científico adequado para promover as pesquisas e consequente exploração do ouro negro. A companhia que Lobato havia fundado tinha, por sua vez, como funcionários alguns técnicos norte-americanos experientes na atividade; mas, sabotada pelos getulistas e sofrendo seguidas intervenções por motivos injustificáveis, acabou interditada como foi o caso em 1936, quando uma das sondas teve sua atividade proibida. Antes disso, o escritor já denunciara ao governo que a Standard Oil Company (mais tarde chamada Exxon – Esso) estava corrompendo prepostos do Serviço Geológico Nacional através de sua filial argentina no Brasil. Acusava ele que as melhores jazidas minerais do país estavam sob domínio gringo e seguiam planos norte-americanos para se assenhorearem também das terras onde pudesse haver petróleo.
Ameaça comunista?
Tendo feito pouco caso de suas denúncias, Monteiro Lobato escreveu A Luta Pelo Petróleo, que desmascarava o Serviço Geológico Nacional e acusava os funcionários do governo de, ao mesmo tempo em que se omitiam da exploração do petróleo, não permitir que alguém a levasse a termo. Após o episódio da interdição da sonda, o escritor encontrou gás natural de petróleo a 250 metros de profundidade em Alagoas, na localidade de Riacho Doce – após levantar o respectivo capital financeiro.
Foi ainda em 1936 que O Escândalo do Petróleo foi publicado e, censurado nesse mesmo ano, seguiu-se a ele a obra O Poço do Visconde – Uma Aula de Geologia Para Crianças. A publicação desse opúsculo lhe valeu a acusação de estar fazendo propaganda comunista para meninos. Lobato não era, porém, um comunista. No livro Georgismo e Comunismo, de 1948, o escritor faz uma análise das ideias econômicas do pensador norte-americano Henry George, investiga e comenta os postulados propostos pelo economista para enfrentar a “ameaça comunista” representada pelo crescimento da influência da União Soviética após a vitória dos aliados na 2ª Guerra Mundial. A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) nesse conflito estava aliada, como sabemos, aos Estados Unidos, seu oponente, contra o inimigo comum, os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), de ideologia nazifascista expansionista.
Também a China, que só iria passar pelo processo revolucionário que implantou lá o regime o socialista em 1949 estava, como muitíssimos outros países – inclusive o Brasil –, entre os aliados. A China, ao contrário da União Soviética e seus aliados, como eram os países da Europa oriental (que retornaram nos dias atuais ao sistema capitalista), persiste até hoje com o sistema político econômico esquerdista estatizante, socialista, contrário à chamada “economia de mercado”, característica dos países de direita, ou capitalistas, que são maioria no mundo. O comunismo chinês é, entretanto, uma espécie de neossocialismo, uma mistura de economia estatizada e privada, que se denominou “capitalismo de Estado” ou “socialismo de mercado”.
Reportando-nos a 1938, foi naquele ano que o governo brasileiro, cedendo à ideia de Monteiro Lobato de que havia petróleo em nosso território, resolveu fazer perfurações na Bahia, na localidade posteriormente denominada Lobato, em homenagem ao pioneiro. Foi constatada a existência do óleo mineral. Assim, em 1939, criou-se o Conselho Nacional do Petróleo (CNP). Esse órgão foi a primeira moção no sentido de regulamentar a exploração em nosso país. Naquela época, prevalecia a contenda entre empresários – representados por Monteiro Lobato e companhias estrangeiras – e o governo, que, defendendo ideais nacionalistas, pretendia restringir a si o direito de explorar petróleo no Brasil.
Vargas estabeleceu por decreto uma lei que tornava patrimônio exclusivo da União todas as jazidas em nosso território, incluindo aquelas ainda não descobertas. Apesar da motivação nacionalista da atitude getulista, o escritor, não satisfeito com as políticas governistas, envia uma carta ao presidente na qual fazia críticas veementes a elas. Por esse motivo, o General Horto Barbosa o prendeu. Monteiro Lobato, condenado a seis meses de prisão, acabou recebendo indulto de Vargas e, após três meses, saiu da cadeia. Ao sair da detenção, confessava, muito desanimado, sua decepção e disse: “…morri um bom pedaço na alma”. O romancista passou, com efeito, três meses de muita amargura na cela, na companhia de assassinos e ladrões, como ele mesmo revelou depois.
“O Petróleo é Nosso”
A criação da Petrobrás foi iniciativa popular que, contrariamente às intenções do presidente Dutra – sucessor de Getúlio –, defendeu a monopolização da exploração petrolífera. A Petrobrás é, assim, uma empresa estatal – e a maior parte de suas ações pertence ao Estado, que tem, então, o controle acionário. Isso, porque entende-se que não seria conveniente que o petróleo, como bem estratégico importante, estivesse na mão de particulares, leia-se: gringos (uma vez que são eles que têm o dinheiro), no caso extremo de uma guerra, por exemplo. Nesse ponto, posteriormente à criação da empresa, passou a haver um consenso entre direitistas, partidários da iniciativa privada e esquerdistas, ambos concordes com a tese de manutenção da Petrobrás como empresa estatal. Dutra desejava que a exploração petrolífera fosse tarefa do capital privado. Para isso, enviou ao Congresso um projeto de lei que foi chamado “Estatuto do Petróleo”. Foi em 1948. Em resposta os defensores do interesse nacional, promoveram a campanha “O Petróleo é Nosso”. É interessante o fato de que o General Barbosa, aquele que havia encarcerado Lobato, tornou-se depois, o líder dessa campanha nacionalista de defesa da exploração estatal do mineral orgânico.
Antes, em 1946, havia sido descoberto o primeiro poço que reunia condições para exploração comercial. Foi em candeias, na Bahia. A defesa da exploração por parte dos estrangeiros estava baseada, principalmente, no fato de que o Brasil não possuía tecnologia capaz de levar a termo a prospecção, um problema que não demoraria a ser solucionado.
José Bento Monteiro Lobato persistiu na defesa dos interesses nacionais até sua morte, aos 66 anos, em 4 de julho de 1948, vítima de um espasmo cerebral. Tendo se constituído num dos mais relevantes escritores brasileiros do século 20, trabalhou também como tradutor de importantes obras. Escreveu crônicas, contos, críticas, cartas, artigos e prefácios, além do romance O Presidente Negro. É mais conhecido, todavia, pela produção de livros infantis. São de sua autoria os títulos Reinações de Narizinho, de 1931, Emília no País da Gramática, Caçadas de Pedrinho, e O Picapau Amarelo, de 1930. Carregando uma dose de amargura e desiludido com a política brasileira, Monteiro Lobato, quando morreu, estava empobrecido financeiramente. Investiu quase todo o dinheiro que ganhou com a literatura em sua empresa de exploração petrolífera e teve, afinal, grande prejuízo com isso.
Pirlimpimpim
A prisão de Monteiro Lobato evidenciou a injustiça de um regime de exceção arbitrário e violento e a empáfia do ditador Getúlio Vargas. Admirado ainda hoje por muitos, o presidente que recebeu o epíteto de “Pai dos Pobres”, é chamado em contrapartida “A Mãe dos Ricos” por seus adversários. Há entretanto, quem veja uma manobra da providência na detenção de Lobato. Esses, crentes na infalível justiça divina e baseados na ideia de que “Deus escreve certo por linhas tortas” viram no episódio do encarceramento do escritor tão somente uma jogada justa – embora tortuosa – do destino, inexorável, porém correta. Isso, devido ao fato de que Lobato, em sua obra infantil, se não estava, como seus detratores disseram, fazendo propaganda ateísta. Divulgava, entretanto, o uso de drogas entre as crianças.
Na verdade, parece que nunca se afirmou que Monteiro Lobato fizesse uso de drogas psicoativas. Mas em suas obras que relatam as aventuras do menino Pedrinho, da garota Narizinho (nome sugestivo), da boneca Emília, do visconde de Sabugosa, de Dona Benta e Anastácia figura um elemento cuja evidência é mais do que notória de ser uma referência à cocaína: ora, para as “viagens” que as crianças faziam nos reinos da fantasia, o escritor relata o uso do “pó de pirlimpimpim”, uma substância branca que, inalada por meio de um canudo, tinha efeitos “sobrenaturais”. O que pode então ser o pó senão cocaína ou outra droga parecida? A evidência é inegável.
Sabe-se que, por aquela época, o uso da cocaína andou muito difundido. Sigmund Freud a usou, chegando mesmo a receitá-la para seus pacientes. Mário de Andrade, o famoso escritor (Cartas a Murilo Miranda, Paulicéia Desvairada), chegou a declarar que, embora não tenha se viciado, usou o pó durante uma semana no carnaval de 1920. O filme Eternamente Pagu, de Norma Benguell (1988), mostra cenas do uso da droga. A fita faz uma abordagem dos acontecimentos de 1922, durante aquela que ficou conhecida como “A Semana de 22”. Foi um importante evento marcado pela realização de exposições de obras de arte, saraus de poesia e música, além de outras vertentes artísticas que apresentava para o Brasil e o mundo o movimento cultural e artístico denominado Antropofagia.
O Movimento Antropofágico, com seu nome, no mínimo, bizarro, pretendia realizar a regurgitação intelectual da cultura brasileira e a consequente transformação da manifestação artística num resultado cultural nacionalista tupiniquim sugerindo uma estética toda nova e – por meio de uma feição algo chocante, muitas vezes, contundente – rompendo com os padrões conservadores dos artistas anteriores como Antônio de Castro Alves, com sua estética “Condoreirista” em que o romantismo, muitas vezes, meloso contrastava com a irreverência e a crueza da nova abordagem. Muitos artistas brasileiros foram representantes do movimento antropofágico ou influenciados por ele, como Oswald de Andrade, Plínio Salgado, Carlos Drummond de Andrade e Monteiro Lobato que, sob uma certa inspiração dessa corrente, escreveu Ideias de Jeca Tatu, uma crítica a diatribes sociais e políticas do Brasil de sua época.
A série infantil Sítio do Picapau Amarelo, que começou a ser exibida pela Rede Globo em 1977, suprimiu o pó de pirlimpimpim justamente por sua identificação com a cocaína. O pó mágico também deu nome a um disco e uma música do cantor baiano Moraes Moreira que flerta com o uso da droga.
Com a expansão da internet e a criação da internet das coisas, a economia está mudando rapidamente para um modelo de economia colaborativa.
Nos próximos 10 a 15 anos, se você (que já está no mercado de trabalho) não mudar radicalmente sua forma de pensar, vai se tornar totalmente obsoleto, como um cd player (para não dizer um vinil) de 10 anos atrás. Suas chances de ocupar posições de liderança, seja em uma organização, seja em seu negócio próprio, serão mínimas e seu lugar será reduzido às áreas consideradas menos nobres, meramente auxiliares e sub-remuneradas.
Desculpem por lançar esse alerta de maneira tão rápida e dura, mas era preciso dar esse choque em você para que tome uma atitude imediatamente.
O conceito por trás da economia colaborativa
O modo de vida e de produção inaugurado após a Revolução Industrial, depois de alguns séculos, esbarrou em seus limites físicos.
Com 7 bilhões de pessoas no mundo, não há matéria-prima suficiente para que cada um tenha seu próprio carro, notebook, celular, brinquedos e resolva trocá-los por outros, novinhos, a cada 6 meses (ou muito menos, no caso dos brinquedos). Tampouco há onde descartar tudo isso que se consome de maneira irracional.
A globalização, embora possa ser mantida em termos de conexão mundial (via rede), também esbarra em limites de emissão de CO2 no caso de mercadorias (muitas vezes fúteis) que rodam o mundo várias vezes até chegarem a seus consumidores finais. Carros circulam com uma pessoa, enquanto poderiam circular com cinco.
O desperdício geral na economia é o fator a ser combatido para que se possa transpor a barreira física que se ergueu diante da civilização.
A transição para uma economia compartilhada ou solidária
Não por acaso, justamente nesse estágio da sociedade, surge a internet, propiciando comunicação global entre pessoas e a internet das coisas, propiciando a sincronia eficiente entre máquinas automatizadas (todos efeitos da internet das coisas ainda estão para ser conhecidos, já que é algo mais recente).
Sites e app estão revolucionando a economia
Grandes e caras estruturas bancárias são evitadas com sites de empréstimo P2P, estruturas de imobiliárias são evitadas com sites de locação e compartilhamento de lugares, como o Airbnb e o Couch Surfing.
Agora, o desperdício dos carros circulando vazios é contornado com um aplicativo de carona.
Então, quando muita gente pensava que o app de carona (e suas limitações, já que há muita gente com medo de levar outras pessoas no carro), era o máximo que se poderia fazer na luta contra os carros vazios, eis que surge um exemplo marcante de como a criatividade não tem limites: o My Ways, da DHL.
Se você entender esse app, você entende o que estamos falando sobre redução do desperdício.
A DHL tem pacotes para entregar por todos os lados. Para isso, teria que manter uma enorme estrutura de caminhões, caminhoneiros, galpões de estoque. Uma fortuna, mas um desperdício em uma economia colaborativa.
Com o My Ways, qualquer usuário do app que estiver indo em uma direção pode se prontificar a levar uma encomenda, “matando” espaço morto em seu veículo e fazendo uma renda extra.
O ponto de largada, a economia de hoje (ou melhor, de ontem)
Os desafios são muitos, já que 99% da economia ainda está projetada para o modelo antigo de produção e distribuição dos bens e já que quase todas as pessoas que hoje estão no mercado de trabalho foram educadas nesse contexto ultrapassado. A mentalidade das pessoas ainda é um grande bloqueio a ser superado. Pessoas que foram criadas em um ambiente repressor de suas personalidades, oprimidas por:
Seus pais;
Sua educação;
Pelo mercado de trabalho;
Pelo governo;
Eventualmente, pela religião.
Os adultos de hoje, por terem sofrido tanta repressão (nosso modelo de sociedade ainda é assim), acabaram se tornando narcisistas, materialistas (e com um instinto para acumular bens), pessoas agressivas e violentas.
Não sou eu quem diz isso, mas um dos maiores expoentes da economia colaborativa, o Jeremy Rifkin, autor de livros, consultor de algumas das maiores empresas e dos maiores governos do mundo.
Nesse vídeo abaixo ele fala sobre uma sociedade da empatia, aborda essa fase de transição que vivemos e, sobre o materialismo e egoísmo causados pela repressão que sofremos, você encontrará especificamente e exatamente após 10 minutos do vídeo abaixo (infelizmente, está em inglês):
A nova geração dominará as posições estratégicas
A boa notícia é que as novas gerações já podem, desde cedo, serem criadas sob um novo paradigma, o paradigma da criatividade e da colaboração, dispondo de todas as ferramentas tecnológicas desde cedo, para alcançar seus objetivos.
Para ser sincera, será desleal a concorrência que você sofrerá dessas crianças de hoje, daqui a uma década ou duas, quando elas ingressarem no mercado de trabalho. O único jeito de sobreviver, é você começar a se transformar hoje para a mesma forma de pensar que elas possuem.
A mudança começa nas escolas
O sistema tradicional de educação vertical já é contestado há cerca de um século, por escolas com propostas pedagógicas alternativas e de desenvolvimento da personalidade e criatividade, como a Pedagogia Waldorf.
Porém, esses modelos eram aplicados até certo estágio do desenvolvimento, como a fase pré-escolar ou, no máximo, o ensino fundamental.
Mas, recentemente, estão surgindo escolas de nível superior ou profissionalizantes em que a aposta está no ensino colaborativo, baseado em projetos e onde os alunos são protagonistas da aprendizagem (e não meros expectadores).
Um exemplo claro disso é a escola dinamarquesa Kaospilot, uma escola internacional de empreendedorismo, criatividade e inovação social.
A escola oferece formação profissional de 3 anos, veja os nomes de 4 disciplinas
Projeto de negócio criativo;
Projeto de liderança criativa;
Concepção de projeto criativo;
Projeto de processo criativo.
Tirando as palavras projeto e criativo, que estão em todas as disciplinas, temos o que realmente compõe cada uma delas: negócio, liderança, concepção e processo.
Em algumas entrevistas do diretor da instituição, pudemos ver que ele fala da necessidade de conectar aprendizado com um propósito e fala também que espera que seus alunos, ao saírem, criem uma empresa, quem sabe, uma ONG. Mas que continuem sempre aprendendo e, caso sejam contratados, acredita que serão em setores criativos e de liderança. Ele defende ainda que a curiosidade constitui um fator crucial no aprendizado. É ela que propicia manter um aprendizado profundo e contínuo.
Oportunidades em uma economia colaborativa
Na economia colaborativa que está nascendo, a ênfase não está em regras prévias a serem seguidas. Não é mais aceitável simplesmente algum “iluminado” se sentar e redigir uma enciclopédia do caminho correto. Isso está morto e ultrapassado.
A ideia é empoderar as pessoas, dar-lhes informação e poder para criarem os caminhos, em meio a ao caos do mundo e às diferentes exigências e necessidades dos demais.
Para quem, como eu e você, que já estamos no mercado de trabalho, já fomos educados e não há como apertar um botão de reset, o importante é começarmos imediatamente uma transição para o novo paradigma.
Pense mais uma vez no aplicativo My Ways da DHL, que citamos acima.
Um diretor ultrapassado diria: temos que cortar custos e melhorar a eficiência de nossa logística.
Um freelancer consciente das mudanças, mas que não desenvolveu toda sua criatividade, diria: não há mais oportunidades para aproveitar os carros vazios, já inventaram um app de carona.
Uma pessoa que já fez a transição para a mentalidade da economia colaborativa tem a brilhante ideia de aproveitar pessoas comuns para distribuírem pacotes.
Mudar nossas mentes não é algo que se faz de uma vez, é um processo.
Aqui no MTL nós compartilharemos com você todo o material de nossas pesquisas a respeito. Esperamos que você também compartilhe suas vivências e opiniões.
Além de escrever para o MTL, caso queira, você pode começar desde já a contribuir e ver as contribuições de outros no Artigo Colaborativo que criamos especialmente para o assunto que tratamos hoje.
Comentário em destaque: Mayara
Liz, essa reflexão é muito pertinente para o momento em que vivemos. O modelo ultrapassado no qual fomos educados não comporta mais as mudanças de comportamento que já estão em andamento. Ou quebramos os paradigmas e cristalizações ou seremos engolidos pela nova geração, como bem mencionou. Além disso, ainda temos um papel fundamental nessa história: criar os filhos para esse novo mundo. Apesar do progresso ser inexorável, se criarmos os filhos para apenas fazer Enem e ter um bom emprego, eles continuarão na Corrida dos Ratos. E serão também engolidos por quem expandiu os horizontes. Meu marido e eu começamos a nos inserir nessa economia colaborativa com a criação da Jungle Co-working, um espaço colaborativo de desenvolvimento de jogos eletrônicos, em que diversas pessoas ou estúdios dividem o mesmo espaço, interagem e crescem. Até meados de julho terminaremos a construção. A procura já está grande! Esse é o caminho mais sustentável, em todos os sentidos. Obrigada por compartilhar esse conteúdo. O MTL será fundamental para quebrar as correntes que ainda nos prendem.
Escondido entre as pessoas que se encontravam na praça em frente à sede do governo, em Buenos Aires, Argentina, um rapaz
Pablo Javier sempre soube de sua adoção e não tinha motivos para não acreditar quando lhe contaram que foi trazido da Província de Missiones, perto da fronteira com o Brasil. Mas a dúvida surgiu quando, em 2001, com 23 anos, ao assistir um programa de televisão sobre crianças desaparecidas na época do regime militar, começou a desconfiar que detalhes sobre sua história não se encaixavam como deveriam.
Entretanto, levou 11 anos para tomar coragem e se aproximar das Avós da Praça de Maio e colocar para fora suas dúvidas. O exame de DNA, realizado pela Comissão Nacional pelo Direito à Identidade (Conadi), em julho de 2012, confirmou que ele era filho de um jovem casal de militantes desaparecidos nos tempos da Guerra Suja, como ficou conhecido o período do regime militar implantado na Argentina entre 1976 e 1983.
Filho do paraguaio Ricardo Gaona Paiva e de María Rosa Miranda, argentina da Província de Tucumán, Pablo nasceu no Hospital Rivadavia, em Buenos Aires, em 13 de abril de 1978. Um mês depois, em 14 de maio, seus pais o levaram à casa de seus avós paternos para uma festa familiar. Ao voltar, o casal e o bebê foram sequestrados e ninguém teve mais notícias deles, contou Estela de Carlotto na entrevista coletiva que revelou a história do 106º neto perdido e encontrado pelas Avós da Praça de Maio.
O mal pela raiz
Durante o Processo de Reorganização Nacional – nome pomposo dado à ditadura pela Junta Militar que governou o país –, desapareceram, aproximadamente, 30 mil pessoas suspeitas de serem associadas a movimentos de esquerda. Para justificar a guerra contra o comunismo e seus “terroristas subversivos”, o primeiro líder da junta, o general Jorge Rafael Videla, declarou que “terrorista não era apenas aquele que instala bombas, mas tem ideias contrárias à civilização cristã ocidental”. Então, na opinião da Junta Militar, o melhor mesmo seria cortar o mal pela raiz, prendendo, torturando e matando ativistas de movimentos de esquerda como o Exército Revolucionário do Povo (ERP), no qual militavam os pais de Pablo.
Paul, tio paterno de Pablo, mostra fotos de Ricardo Gaona e María Rosa
As forças de segurança cumpriam à risca as ordens recebidas e não raro extrapolavam seus deveres, condenando à morte perseguidos políticos, sem se importar se estavam ligados ou não a atos de terrorismo. Esse foi o caso, por exemplo, de 60 estudantes secundaristas do Colégio Manuel Belgrano, em Buenos Aires, que desapareceram só porque ingressaram no conselho estudantil da escola que não tinha vínculo algum com grupos de guerrilha ou com organizações estudantis banidas pelo governo militar.
A Justiça espanhola condenou o ex-capitão da marinha argentina, Scilingo, a 640 anos de prisão. É o primeiro caso em que uma pessoa presente a seu próprio julgamento é condenada por crimes contra a humanidade em um país estrangeiro
Marguerite Feitlowitz, na época, professora em Harvard, em seu estudo pioneiro, A Lexicon of Terror: Argentina and the Legacies of Torture, dá uma dimensão dos anos negros da ditadura argentina. Cerca de 30% dos desaparecidos eram mulheres e 3 % eram grávidas mantidas vivas até darem à luz. Muitas foram presas com os filhos pequenos ou engravidaram na prisão, por conta de estupros cometidos por guardas e torturadores. Muitas conseguiram amamentar seus recém-nascidos por alguns dias até que seus bebês lhes fossem tomados antes de serem “transferidas”, eufemismo usado para informar que seriam mortas.
Os voos da morte
A repressão promovida pelo Estado foi infinitamente maior do que a ação da oposição. A chamada Guerra Sucia impôs um verdadeiro genocídio ao povo argentino. Nenhum acontecimento, entretanto, causou mais espanto do que o revelado pelo ex-capitão da Marinha Adolfo Francisco Scilingo. Ao ser entrevistado para o jornal Página 12, em março de 1995, confirmou o que todos já imaginavam, mas não tinham certeza: a ditadura militar fez quase uma centena de “voos da morte”. Arrependido de sua participação nessa estratégia, Scilingo revelou que 4.400 pessoas foram assassinadas ao serem arremessadas no Rio da Prata e no mar pelos aviões da Marinha. Condenado a 640 anos de prisão pelos tribunais da Espanha por crimes contra a humanidade, o ex-capitão sustentou que os voos da morte não eram um procedimento circunstancial, mas parte de um plano para eliminar os corpos dos desaparecidos.
Os passageiros ficavam presos na Escola de Mecânica da Armada (Esma) e eram levados do centro de tortura em grupos de 15 a 20 de cada vez, sempre às quintas-feiras. Antes de serem jogados ao mar, relatou o ex-capitão em seu julgamento, os prisioneiros eram drogados com o soro da verdade (pantotal sódico), para que não pudessem ver o seu triste fim.
Identidade trocada
Segundo entidades que lutam pelos direitos dos desaparecidos políticos, como a Associação de Familiares de Desaparecidos e Presos por Razões Políticas e as Avós da Praça de Maio, pelo menos 500 recém-nascidos e crianças pequenas foram separados de pais desaparecidos, tiveram suas verdadeiras identidades suprimidas e foram dados em adoção para casais de policiais e militares sem filhos e outros favorecidos pelo regime. Pablo Javier Gaona, por exemplo, foi entregue à família que o adotou por um coronel reformado, primo de seu pai adotivo.
Estela de Carlotto, presidente da associação das Avós da Praça de Maio| Foto: Fernando Gens/Télam/ef
De acordo com as Avós da Praça de Maio, organização que tem por objetivo localizar e retornar às suas famílias legítimas todas as crianças desaparecidas, os sequestros de bebês e jovens grávidas, o funcionamento de maternidades clandestinas, como a montada na Escuela de Mecánica de la Armada, a existência de listas de espera para adoção e as declarações de militares que participaram da Guerra Suja demonstram a existência de um plano arquitetado não apenas para suprimir adultos, mas também para privar os filhos de militantes de esquerda de suas verdadeiras identidades.
O historiador e escritor argentino Carlos De Nápoli, autor de vários livros sobre o nazismo, afirma que a estratégia da ditadura portenha ao sequestrar crianças utilizou um método idealizado pelo nazismo executado pelo Escritório Principal para a Raça e o Reassentamento (Rusha). Essa organização alemã pretendia, entre outros objetivos, assassinar as minorias consideradas impuras e indesejáveis. No caso da Argentina, essas minorias eram representadas pelos “terroristas perigosos” definidos pelo general Videla.
“As ideias nazistas permearam a ditadura argentina. A decisão de eliminar os adversários é a mesma da “solução final” de Adolf Hitler. A estratégia consta de um documento assinado pelo primeiro ditador, Jorge Rafael Videla. No documento, os militares se propunham adotar ou doar os filhos de militantes políticos com o objetivo claro de criá-los com outra ideologia, a deles. Para que isso acontecesse, permitiam que as mulheres tivessem seus bebês, para serem mortas logo em seguida. A existência das listas para a adoção prova que os bebês não eram indesejáveis. Os pais, sim, eram, não interessavam ao governo, tanto é que foram sumariamente assassinados”, conta à revista Leituras da História o jornalista e escritor Samarone Lima.
Ele foi o rei da Judeia, um dos homens mais articulados de seu tempo. Entretanto a sede de poder e o ciúmes, o tornou um dos ditadores mais perversos da história. Aquele que entrou para as páginas como o matador de crianças judias
Herodes nasceu por volta de 74 a.C. na terra de Edom, cidade conhecida atualmente como Neguev ou Neveg, em uma pequena região deserta ao sul da Judeia. Filho do pai Antipatros e da mãe Cupros ou Cipros. Herodes herdou a sede de poder do pai, que era um seguidor de Hircano II. Aliás, foi por meio dos laços de seu pai com Hircano e o apoio a César que Herodes e seu irmão Fasael conseguiram suas primeiras nomeações para cargos públicos.
Herodes era um menino de 16 anos quando conseguiu ser nomeado como prefeito de Galileia, no norte da Judeia. Foi durante suas primeiras atitudes como mandatário que ele mostraria sua forma de agir em toda a sua vida no poder. Ele era tirânico, justo e, ao mesmo tempo, bárbaro. Ao chegar ao cargo máximo, um de seus atos foi desfazer um grupo de semir religiosos que não aceitavam pagar os tributos e desobedeciam as leis do governo.
Atos de violência
Mariamne, segunda esposa de Herodes, filha de Alexandre e Alexandra | Foto: John William Waterhouse
A primeira vítima de Herodes foi o líder dos rebeldes, um homem chamado Ezequias. Ele foi capturado, torturado e executado sem nenhum tipo de julgamento. O ato enfureceu os judeus mais tradicionais e foi chamado a prestar esclarecimentos ao sinédrio (Suprema corte judaica). Herodes só foi liberado devido a uma ordem repentina vinda de Roma, senão seria condenado. Isso o deixou ainda mais arrogante. Tempo depois, em 15 de março de 44 a.C. Júlio César foi assassinado e a família de Herodes (conhecidos como herodianos) ficou na expectativa pelo nome do substituto do imperador. Afinal suas posições públicas dependiam disso.
A vida de Herodes melhorou muito quando, em um ataque de rebeldes judeus contra ele e Hircano, conseguiu conter o grupo. Em retribuição, Hircano deu a mão de sua neta, a princesa Mariamne, em casamento. Mesmo sendo casado com a árabe Dóris, Herodes contraiu novo casamento que, aliás, não foi o único. No decorrer de sua vida, Herodes casou-se com mais de dez mulheres e com elas teve entre 12 e 14 filhos.
Seu maior desafio sempre foi conquistar Roma e assim conseguir mais poder. Foi dessa forma que se aproximou de Marco Antônio, o líder do Império romano. Ambos tinham muito em comum, em especial suas naturezas cruéis e brutais. Marco Antônio logo deu provas disso ordenando a execução de centenas de judeus em sinal da lealdade de Herodes. Fora isso, nomeou-o com seu irmão para governar e co-governar a Judeia.
O apoio de Roma
Herodes | Foto: James Tissot
Não foram poucos os problemas que Herodes enfrentou no poder, em um deles fugiu para Massada com parte de sua família e soldados. Lá ficou escondido do exército de Antígono, um de seus maiores inimigos. Não conseguindo se sustentar por muito tempo ali, rumou para Roma com a finalidade de pedir proteção aos romanos. O Senado concordou com o seu pedido de ser nomeado “rei dos judeus” e com o restabelecimento da soberania romana na Judeia. Foi assim que o ditador seguiu para Massada a fim de libertar seus seguidores e sitiou Jerusalém antes de seguir para seu destino. Antígono, que havia sido capturado por Herodes, foi enviado a Roma, chicoteado até a morte e depois decapitado.
Durante o seu reinado, Herodes manteve sua estratégia de bom ditador e de apoiar quem estivesse no poder. Fosse Marco Antônio a estrela de Roma, ele o apoiava; se era Otávio, mudava de lado. Assim alternava sua lealdade, em detrimento de quem estivesse no poder.
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Há vezes, em que alguém arrisca, de fato, tudo em alguma coisa para o bem de outras pessoas, quando descobre e defende uma verdade. O mundo costuma ser hostil nesses casos – e o foi com Nelson Mandela. É fato que ele merecia toda a reverência e todo respeito possível depois do imensurável sacrifício que fez por sua nação – e pelo mundo – em sua incansável luta pela liberdade na África do Sul. Mas, de maneira inesperadamente singular, nem a família nem seus próprios correligionários políticos parecem dispostos a conceder ao herói da luta antiapartheid o merecido descanso depois de mais de 70 anos de luta contra um dos regimes mais cruéis do mundo contemporâneo.
O povo sul-africano assiste, estarrecido, à luta que se desenrola nos bastidores entre filhos, netos e parentes distantes pela divisão de seu patrimônio. Também brigam por definir onde será enterrado e o que farão do uso político de sua imagem. Prestes a completar 95 anos e internado por conta de uma infecção pulmonar desde o dia 8 de junho de 2013 no Medi-Clinic Heart Hospital, em Pretória, Mandela permanece em estado de coma enquanto uma multidão, do lado de fora do hospital e nos jardins de sua casa em Johannesburgo, aguarda por informações, presta homenagens ao seu idolatrado Madiba (o Conciliador) com orações e uma profusão de flores e mensagens.
Conspiração contra Mandela
Desde o momento em que foi transferido ao hospital, o destino parece conspirar contra Mandela. Primeiro foi a ambulância que quebrou na entrada entre Johannesburgo e Pretória, distantes uma da outra em 50 quilômetros. O veículo ficou parado quase uma hora em um frio de 6 graus. Nelson, já padecendo de graves distúrbios respiratórios, teve uma parada cardíaca, mas foi prontamente ressuscitado pela equipe médica. Ao seu lado, sua esposa Graça Machel entrava em desespero.
Depois, uma série de notícias trouxe à tona as desavenças da família Mandela na disputa de seu patrimônio avaliado em 15 milhões de dólares. O enredo teve de tudo, de sequestro de restos mortais, alteração de documentos assinados pelo próprio Madiba, ações judiciais e até disputas de poder entre os chefes de sua própria tribo, os tembus.
Ele tinha certeza que seu patrimônio seria motivo de disputa entre suas filhas e netos. Antecipando a discórdia, entre 2003 e 2005, com ajuda de seus advogados, Mandela criou vários fundos de investimentos para gerenciar sua fortuna e também assinou um documento nomeando curadores independentes para administrar a herança. Entretanto, sem o conhecimento do pai, duas de suas filhas, Makaziwe Mandela e Zenani Dlamini, secretamente, adulteraram o documento com a ajuda de um advogado.
Desde o início de 2013, Zenani é a embaixadora sul-africana na Argentina e também representa seu país no Paraguai. É a primeira filha do ex-presidente e de sua segunda esposa, Winnie Mandela, e foi casada com o príncipe Thumbumuzi Dlamini, de Suazilândia, de quem conserva o sobrenome e o título real.
Já Makaziwe, filha de Mandela com sua primeira mulher Evelyn Mase, falecida, é mais conhecida por brigar com a imprensa internacional, chamando os jornalistas de “abutres”. Logo, ela, em abril de 2013, com sua meia-irmã Zenani, entrou na Justiça para retirar do conselho de dois fundos de investimentos o amigo e advogado George Bizos, que defendeu seu pai em seu julgamento nos anos 60.
Sequestro dos restos mortais de mandela
No dia 26 de junho, os médicos de Pretória, frente ao quadro de “estado vegetativo permanente”, ou, em outras palavras, em coma irreversível no qual se encontrava Mandela, aconselharam a família a desligar a máquina que o ajuda a respirar e o mantém artificialmente vivo. A informação consta da documentação judicial entregue ao tribunal de Mthatha (ao sul do país) que arbitra o conflito familiar sobre onde serão sepultados os restos mortais do ex-presidente sul-africano.
Na verdade, Mandela nunca deixou por escrito como gostaria que fosse seu funeral, mas, por várias vezes, expressou o desejo de ser sepultado na aldeia de Qunu, onde passou parte de sua infância. Ali foram enterrados três de seus descendentes, frutos de seu primeiro casamento: seu filho mais velho Thembekile, que morreu em 1969; sua filha Makaziwe, que faleceu com nove meses em 1948; e de Makgatho, falecido em 2005 em consequência de complicações provocadas pelo vírus HIV.
Interesses políticos
Até Buyelekhaya Dalindyebo, rei da tribo dos tembus, quer destituir Mandla do cargo de chefe do vilarejo de Mvezo. O pedido de Dalindyebo não deverá ter efeito nenhum, na medida em que sua própria autoridade é questionada por um grupo de líderes tembu, desde que o rei foi acusado de homicídio em 2005.
Nem seus antigos correligionários políticos parecem estar interessados em deixá-lo em paz em seus últimos dias. O próprio presidente Jacob Zuma negou que o ex-presidente Nelson Mandela esteja em estado vegetativo, desautorizando, assim, o documento assinado pelos médicos do hospital de Pretória. Contrariando a todos, Zuma afirmou que o estado de saúde do líder político continua “crítico, mas estável”.
Na África do Sul, especula-se que há pressões políticas por parte do Congresso Nacional Africano (o partido de Mandela e de Jacob Zuma) para que a família só desligue a máquina depois de 18 de julho, dia do 95º aniversário do herói sul-africano. Dessa maneira, a morte de Mandela não estragaria a festa já preparada pelo CNA para o seu aniversário. A questão levantou tanta polêmica que Graça Machel tentou minimizar o constrangimento dizendo que o grande herói do apartheid não está em sofrimento.
Encrenqueiro de nascença
Além da vida e da aparência vigorosa, Mandela recebeu do pai quando nasceu seu nome do meio, Rolihlahla, que em uma tradução livre do dialeto xhosa quer dizer “encrenqueiro”. Não que seu pai tivesse o dom da premonição, nada disso. “Porém, amigos e parentes costumavam relacionar ao meu nome as muitas tempestades que provoquei e suportei. O nome inglês pelo qual sou conhecido, só recebi no meu primeiro dia de escola”, escreve Nelson Rolihlahla Mandela na abertura de sua comovente autobiografiaLongo Caminho para a Liberdade, escrita em boa parte durante seu longo cativeiro de 27 anos.
Ele nasceu em Menzo, uma aldeia no território de Transkei, no sudeste da África do Sul, em 18 de julho de 1918. Era a área destinada à nação xhosa, povo orgulhoso de sua língua e costumes e com uma crença ferrenha na importância do respeito às leis, aos estudos e à cortesia. Seu pai, Henry Mphakanyiswa, ou Henry Mandela, chefe da tribo dos tembus (um dos grupos da nação xhosa), tinha ao todo 13 filhos das quatro esposas. Nelson era filho de sua terceira mulher.
Teimosia de família
A história de Henry Mandela confirma que “o encrenqueiro” teve a quem puxar. Quando Nelson ainda era um bebê, a família sofreu um grande baque por conta do temperamento de Henry. Orgulhoso e com um enorme senso de justiça, Henry não aceitou as ordens de um juiz branco (na época, a África do Sul estava sob o domínio britânico) que o interpelou por causa de uma simples vaca. Em represália pela rebeldia, Henry perdeu seu título, a fazenda, o gado e todos os rendimentos que lhe eram devidos como chefe: “ Passamos a viver em Qunu com menos luxo, mas foi lá que passei os melhores anos da minha vida”, escreve Nelson em sua autobiografia.
Aos 7 anos, tornou-se o primeiro membro da família a frequentar uma escola metodista na qual estudavam apenas as crianças da elite local. Mas, aos 9 anos, Rolihlahla perdeu o pai e sua vida complicou. Jongintaba, o príncipe regente dos tembus, tornou-se seu padrinho e não permitiu que ele deixasse de estudar para “não passar a vida trabalhando nas minas de ouro do homem branco, sem saber escrever o próprio nome”. Aos 16, Mandela se submeteu ao ritual de iniciação de sua tribo, ficou por um tempo recluso em uma caverna e saiu de lá com o corpo pintado de branco e achando-se pronto para iniciar sua vida adulta. Em 1938, com 20 anos, seguiu para Fort Hare, a única universidade negra do país.
O capitão de sua alma
Foi na universidade que Mandela entrou em contato pela primeira vez com membros do Congresso Nacional Africano, CNA. No segundo ano do curso de direito, ele aderiu ao movimento por melhorias na faculdade, acabou expulso e não teve alternativa a não ser voltar para casa. O rei dos tembus, Jongintaba, desgostoso com a situação, arranjou um casamento para o encrenqueiro que, inconformado com a ordem, fugiu para Joanesburgo em 1941, com seu primo e irmão adotivo Justice.
O jovem Mandela no escritório de advocacia de Mandela e Tambo, em Joanesburgo, 1952| Foto: American Academy of Achievement/Jurgen Schadeberg
Seu primeiro emprego como segurança de uma mina de ouro durou poucos dias, pois foi despedido assim que descobriram sua fuga do casamento arranjado. Nesse momento, Mandela descobriu que ser livre para comandar seu próprio destino seria muito mais complicado do que imaginava, até porque, para onde fosse, a intricada rede de parentesco de seu padrinho o encontrava e o delatava ao chefe.
A teimosia herdada do pai, entretanto, não deixou que ele desistisse. Saia de porta em porta à procura de ajuda com os parentes e sempre arranjava acomodação e comida. Para logo ser despejado quando descobriam suas mentiras. Sua sorte começou a virar quando foi bater na porta de certo Walter Sisulu, da mesma região de Transkei, que dirigia uma agência imobiliária. Além de comerciante de prestígio, Sisulu também era um respeitado líder comunitário e foi o primeiro a escutá-lo com atenção e a dar-lhe crédito. Ao saber que Mandela queria se formar em Direito, encaminhou-o para um amigo que o aceitou como estagiário.
O início da luta
Nessa época, ele morava em Alexandra, uma das favelas mais violentas da cidade. Em 1942, foi estudar direito em Witwatersrand, mas não conseguiu realizar os testes finais e ficou sem diploma, o que não o impediu de advogar. Ainda na universidade, em 1944, casou-se com uma prima de Sisulu, Evelyn Ntoko Mase, a primeira de três esposas.
A partir de 1944, sob influência de Sisulu, Mandela se juntou às fileiras do CNA. Mas a imobilidade do partido político, que existia desde 1912, o irritava tanto que, com Sisulu, Oliver Tambo e Govan Mbeki, fundou a Liga dos Jovens do CNA.
Apoiadores do CNA incentivam Mandela, confinado em um veículo que o transportava até o Tribunal de Joanesburgo, em 28 de dezembro de 1956
Em 1948, o regime racista levou Nelson Mandela a radicalizar a militância. Nos anos seguintes, liderou várias campanhas de desobediência civil, o que ajudou a transformar a resistência ao regime em um grande movimento de massas. Em 1952, com Oliver Tambo, abriu um escritório de advocacia negro bem em frente ao Palácio de Justiça de Joanesburgo, afrontando o regime racista no qual todos os juízes eram brancos. Entretanto, apesar de ser um advogado famoso, o Senhor, como também era chamado, estava proibido de se sentar onde quisesse por conta da lei do apartheid.
Nos anos seguintes, Mandela organizou e participou de inúmeras manifestações pacíficas contra as leis que cada vez mais oprimiam o povo negro da África do Sul e tirava-lhes a dignidade. Em 1955, participou de um grande movimento para redigir a Carta da Liberdade, que defendia um governo democrático e multirracial e que desse poder ao povo.
O partido comunista clandestino apoiou o movimento e isso foi o suficiente para o governo mandar prender todos os líderes oposicionistas, inclusive o Senhor, Nelson Mandela.
Hoogverraad!
Cento e cinquenta e duas pessoas, entre negros, oposicionistas e brancos, foram acusados de planejar um golpe contra o governo. O julgamento se arrastou por anos e a sentença só saiu em 1961. Por conta da enorme pressão feita pela imprensa internacional, todos foram considerados inocentes da acusação de alta traição.
Em março de 1960, em Sharpeville, uma cidade industrial próxima a Joanesburgo, eclodiram manifestações contra as leis cada vez mais racistas que resultaram em uma onda de violência, nas quais cerca de 68 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas. A repressão ficou mais forte, o CNA foi banido e Mandela, que tinha partido para a clandestinidade, desistiu da resistência pacífica e fundou a Umkhonto we Sizwe, ou Lança da Nação, o braço armado do CNA.
Entre 1961 e 1962, ele comandou ataques que o levariam de novo a julgamento junto a sete militantes do partido. Em 1964, foi sentenciado à prisão perpétua por terrorismo. Começaram tempos duríssimos para o encrenqueiro. A primeira cela que ocupou em Robben Island era tão pequena que ele, com 1,85m de altura, dormia sobre uma esteira, com os pés e a cabeça quase tocando as paredes. Tomou banho gelado por oito anos. Costumava sair da cela, onde permaneceu durante 18 anos, para cumprir jornadas de trabalho forçado, quebrando pedras de cal no pátio.
Foram 27 anos de reclusão, nos quais ele nunca se aquietou. Nas poucas visitas que recebia, aproveitava para enviar cartas aos seus companheiros de luta, incentivando-os a continuar na resistência. Durante o tempo na prisão, Mandela aproveitou para aprender a língua inglesa. Só dessa maneira, dizia aos seus companheiros, é possível entender como funciona o raciocínio de seus opressores e vencê-los de forma pacífica.
Enfim, a liberdade
Desde 1978, o governo branco da África do Sul começou a sofrer mais e mais pressão dos organismos americanos e europeus para acabar com o regime do apartheid e liberar os presos políticos. Um boicote econômico internacional foi organizado e o regime do presidente P.W. Botha foi colocado em xeque. Botha declarou que estava preparado para libertar Mandela desde que ele renunciasse à violência como forma de protestar contra o apartheid. Mas não houve acordo. Em fevereiro de 1985, em frente a uma multidão de manifestantes, sua filha leu sua carta de rejeição à proposta do governo: “Só homens livres podem negociar. Prisioneiros não podem firmar acordos. Não posso e não vou firmar qualquer compromisso enquanto eu e você, povo, não estivermos livres. A minha liberdade é a liberdade de meu povo e não podem ser separadas.”
As negociações para a liberdade de Mandela ainda se arrastariam por mais cinco anos. Em fevereiro de 1990, o então presidente Frederik de Klerk, com quem Mandela dividiria o Prêmio Nobel da Paz em 1994, reverteu o banimento do CNA e com esse ato Mandela voltou à liberdade, com 71 anos. A responsabilidade do futuro da África do Sul estava, a partir daquele momento, em suas mãos.
“Nosso maior medo não é sermos inadequados. Nosso maior medo é sermos poderosos além do que podemos imaginar… pensando pequeno você não ajuda o mundo. Não há nenhuma bondade em você se diminuir, recuar para que os outros não se sintam inseguros ao seu redor… Quando nos libertamos do nosso medo, nossa presença automaticamente libertará outros.”
Com essas palavras, Nelson Rolihlahla Mandela, o conciliador mais teimoso já nascido no continente africano, pronunciou seu discurso de posse em 10 de maio de 1994. Aos 75 anos, Mandela se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul. Seu maior objetivo foi consolidar a união de seu país dividido.
Mandela discursando para a multidão no estádio; ao seu lado, Winnie e Walter Sisulu, apenas dois dias depois de sua libertação | Foto: Mirrorpix
O líder sul-africano foi fiel aos seus compromissos de campanha e economicamente responsável, sem esbanjar os parcos recursos de seu país. Em grande parte, conseguiu mudar a imagem de um país estigmatizado no cenário internacional pela segregação e violência. Com ele, a África do Sul passou a fazer parte das agendas de mandatários importantes, tanto da Europa quanto das Américas.
Sem sua liderança firme e equilibrada, dizem os analistas políticos e historiadores, fatalmente o país teria acabado em uma guerra civil, até porque como escreveu Marc Ross, cientista político americano: “Os brancos ainda tinham o dinheiro e as armas e os negros queriam vingança.”