Vou desaparecer da tua vida,
e ela vai ficar tão aborrecida!
Vou deixar a tua vida lisa e plana,
sem graça como um início de semana,
uma semana dessas bem compridas,
sem expectativa de alegrias.
Uma sucessão de dias desbotados,
tardes frias,
noites descoloridas, madrugadas
pálidas e mal dormidas.
Vou sumir até mesmo dos teus sonhos,
não vou aparecer nem em delírios;
tenho planos detalhados e perfeitos
e quando os descobrires
será tarde demais,
não vai ter jeito:
tudo parecerá tão desenxabido,
tão tristonho,
tão desprovido de finalidade...
E quando não houver mais nada que te agrade,
te interesse,
todos dirão que é depressão, estresse,
mas nós dois saberemos que é saudade.
.
Fonte da foto e do poema: Agulha Revista de Cultura
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