Nem meia taça de vinho


Neste teu aniversário,
vamos fazer assim:
nem meia taça de vinho,
nem pra você, nem pra mim.
Pra gente não cair na tentação
e se perder pelo caminho.

Lembra da última vez,
o vexame no meio do salão?
Aquilo foi real, ou foi tudo ilusão?
No meio de tanta gente,
uma tacinha consumida,
uma pequena dose dividida.

Eu devia estar bem carente
para que tão pouca bebida
me fizesse te ver toda nua,
com você estando vestida.

Os teus olhos nos meus,
a minha boca na tua,
isso também foi ilusão?
Nossos corpos espremidos,
todos olhando pra nós,
a tua língua no meu ouvido,
e a gente pensando estar sós...

Esta noite não vamos beber,
nem meia taça de vinho.
Vamos ficar quietinhos na mesa,
pra não sermos pegos de surpresa,
abraçados, peladinhos.

Quando todos forem dormir
a gente bebe.
Deitadinhos na tua rede,
a gente mata a nossa sede.
Eu nu, você toda nua,
você bebendo da minha boca,
eu me embriagando da tua.

Ai, ai, foi tudo pura ilusão
ou te vi nua no salão,
no meio de tanta gente?
Um pouquinho de bebida
me fez te ver toda nua,
com você estando vestida?

Os teus olhos nos meus,
a minha boca na tua...
Ai, ai, minha querida,
Será que foi tudo real
ou foi só o efeito da bebida?

Remisson Aniceto

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