Ano passado eu celebrei na fanpage, na comunidade e pra quem mais quisesse ouvir, o lançamento de O Livro Sem Figuras, de B. J. Novak, pela Editora Intrínseca aqui no Brasil. Eu acompanho o trabalho de Novak desde The Office e quando vi o primeiro trailer, já fiquei muito ansiosa para saber quem o traria pro Brasil.

O livro foi lançado no primeiro semestre de 2015 e, graças à nossa parceria com a Editora Intrínseca (olha o selinho ali ao lado), nós ganhamos um exemplar para contar pra vocês se o livro é tão engraçado assim mesmo.

Não é. É muito melhor do que o trailer.

Todas as vezes que vamos a uma livraria, Benjamin acha esse livro e me coloca pra ler para todas as crianças presentes. Ele já sabe o livro decorado (inclusive as palavras inventadas escritas na contracapa) e fica murmurando comigo, mas mesmo já tendo lido centenas de vezes – e eu não estou exagerando – ele sempre cai na gargalhada, assim como as crianças da recém-formada platéia. (Ele agora está tentando me convencer a gravar snaps lendo o livro – eu estou tentando convencer a ele de fazê-lo).

Eu adoro ler para crianças, particularmente para meu filho. Invento vozes para os personagens, acrescento inflexões, viro a performática. Mas confesso que às vezes, com livros ilustrados, a necessidade de interpretação na leitura pode se tornar um pouco secundária: a criança obviamente vai olhar mais para a figura colorida do que para o adulto. É a ideia, afinal,

Por isso O Livro Sem Figuras é tão fantástico. Ele exige essas inflexões, vozes e expressões faciais. É uma experiência a ser compartilhada entre adulto e criança que exige atenção e participação de ambos, porque o livro é um diálogo entre o leitor e o ouvinte. Ele pergunta: “Eu preciso mesmo continuar lendo?” o que mantém a atenção das crianças e a hilaridade ao submeter o adulto a falar coisas como “Eu sou um tamanduá robô”.

Não é um livro cheio de botões que produzem sons, ou personagens conhecidos, ou pop-ups magníficos. É um livro: capa dura, papel, letras. Sem figuras. Que exige mais dos adultos, mas extrai muito mais das crianças, até mesmo as mais novas. Item de primeira necessidade em qualquer biblioteca infantil.

Eu não era mais criança quando li Harry Potter pela primeira vez. Ainda assim, me encantei com aquele universo como se eu ainda tivesse onze anos de idade. Como resistir à magia? Impossível!

Da mesma forma, como resistir à magia de Animais Fantásticos e onde Habitam, filme que nos oferece mais uma oportunidade de entrar no fantástico mundo bruxo de J.K. Rowling? Eu confesso: não resisti! Acompanhamos, eu e meu filho, a pré-estréia ontem aqui em São Paulo e saímos do cinema felizes da vida.

Classificação Indicativa

Antes de mais nada, um aviso: a classificação indicativa de 12 anos é bastante adequada. O filme tem vários momentos bem tensos e que podem sim assustar as crianças menores. Crianças a partir dos 9, 10 que já estejam acostumadas com os momentos mais sombrios do universo Harry Potter (que tenham assistido aos últimos filmes sem grandes sustos, por exemplo) conseguem acompanhar numa boa, mas talvez precisem – como o meu filho precisou – segurar a mão da mãe, do pai ou de seu responsável em alguns momentos da história.

Os fantásticos animais

Em Animais Fantásticos Newt Scamander (Eddie Redmayne) é um bruxo magizoologista, que se dedica a pesquisar, documentar e proteger criaturas mágicas. Já me identifiquei de cara com ele porque, né, sou dessas que também curte demais resgatar e proteger os animaizinhos.

Claro que enquanto eu resgato gatinhos e cãezinhos da rua, Newt se dedica proteger e cuidar de criaturas um tanto quanto exóticas como a Águia Trovão e o Occamy, ou fofinhas e carismáticas como o Pelúcio e o Tronquilho. O mais legal é que além de cuidar ele carrega essas criaturas com ele, numa mala mágica!

Nós já conhecíamos Newt Scamander no mundo de Harry Potter pois ele é o autor do livro “Animais Fantásticos e Onde Habitam”, (que inclusive foi lançado aqui no nosso mundo trouxa pela J.K Rolling em 2001, com renda revertida à instituição Comic Relief).

A obra é prefaciada por Alvo Dumbledore, e faz parte das indicações de literatura para o estudo de “Trato das Criaturas Mágicas”, em Hogwarts. Porém o filme se passa bem antes desse livro ser escrito.

Os personagens 

Estamos em 1926 e Newt Scamander está chegando em Nova York com sua maleta mágica recheada de bichinhos quando um “Não-Maj” (como são conhecidos os “trouxas” nos Estados Unidos) chamado Jacob (Dan Fogler) cruza seu caminho, o que acaba causando a fuga de alguns de seus animais.

A dupla é investigada por Porpentina Goldstein, aTina, (Katherine Waterston) uma ex auror da Macusa, o equivalente americano ao Ministério da Magia, que acabou afastada de sua função. Tina, por sua vez, é a irmã da bruxa Queenie Goldstein (Alison Sudol), que tem a habilidade da legilimência (siiiiim, ela lê mentes *_____*)

Está formado aí o nosso grupo principal. Achei o máximo termos um grupo principal no mundo adulto, aliás. Vale dizer aqui que a comunidade bruxa dos Estados Unidos vive escondida e não se mistura com os “Não-Majs”, o que nos leva a outro núcleo da história: a Sociedade Filantrópica Nova Salem, um grupo de “Não-Majs” que considera os bruxos uma ameaça.

E aqui começa o lado mais pesado do filme. Mary Lou Barebone (Samantha Morton) é a arrepiante líder desse grupo de anti-bruxos, e vive com seus filhos adotivos não menos esquisitos e apavorantes: Credence (Ezra Miller), disparado o meu personagem favorito do filme, Chastity (Jenn Murray) e Modesty (Faith Wood-Blagrove, que, aliás, é a única criança do elenco).

Por último, e não menos importantes, temos a figura de Percival Graves (Colin Farrell), auror, chefe do departamento do cumprimento das leis mágicas da Macusa. E também a participação relâmpago e polêmica do bruxo das trevas Gerardo Grindelwald (Johnny Depp).

O que achamos

A história mistura esses momentos mais leves, alegres e divertidos de magia e encantamento com cenas mais pesadas, sombrias e que, como já é tradição de J.K. Rolling, abordam temas importantes como o preconceito e a intolerância.

O filme tem muitas cenas de ação e muitos movimentos lindos de câmera, passeando pela cidade e cenário, uma verdadeira viagem pela Nova York dos anos 20. Os figurinos, detalhes, objetos de cena são todos perfeitos assim como os animais e, em especial, todo um universo impressionante que acontece dentro da maleta do Newt.

Recomendo muito que seja assistido em 3D. Nós tivemos a oportunidade de ver em 4D no Cinépolis do JK Iguatemi, aqui em São Paulo com direito a cadeiras mexendo a cada movimento de câmera, sopro das criaturas mágicas nos nossos rostos e ouvidos e até água caindo. Apesar de uma certa tontura, experiência aprovadíssima, foi MUITO divertido e Samuel delirou.

Animais Fantásticos e onde Habitam estreia hoje, 17 de novembro, em todo Brasil, em versões 2D e 3D e Imax, e conta novamente com direção do David Yates, que esteve à frente dos últimos quatro filmes da saga Harry Potter (filmes que eu adoro).Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos Classificação Remisson: Classificação adequada. Tem cenas de violência e algumas bastante sombrias e assustadoras. Para crianças valentes a partir dos 9, 10 anos, que estejam familiarizadas com o universo mais sombrio de HP, dá pra encarar!

Por último, e não menos importantes, temos a figura de Percival Graves (Colin Farrell), auror, chefe do departamento do cumprimento das leis mágicas da Macusa. E também a participação relâmpago e polêmica do bruxo das trevas Gerardo Grindelwald (Johnny Depp).

Quer presentear nesse dia das crianças e não sabe como? Pac Mãe te dá uma forcinha! Já falamos várias vezes aqui no blog sobre o consumismo dentro e fora do mundo nerd e da necessidade de repensarmos algumas datas comerciais, como o dia das mães e até a Páscoa, por exemplo. Fica meio difícil escapar do bombardeio que a mídia e as lojas fazem em torno do Dia das Crianças, mas sempre é possível e desejável conversar com os pequenos sobre esse tipo de data.

Será necessário mesmo comprar um presente? Será que familiares (avós, tios, padrinhos)  já não estão pensando em comprar presentes também, o que acarretaria em uma quantidade imensa de brinquedos novos? Será que a criança quer mesmo aquele presente ou brinquedo, ou só está somente empolgada por ver outras crianças com ele ou muitas propagandas sobre ele?

Questionar é importante. Muitas vezes estamos tão acostumados a reagir sem refletir diante dessas datas comerciais que quando percebemos mais um presente foi comprado de forma impulsiva e será provavelmente deixado de lado em alguns dias. Dito isso, selecionamos algumas sugestões que podem servir de inspiração para um presente criativo, original e divertido. Lembrando que um passeio em família, uma tarde fazendo alguma atividade juntos, uma troca de carinho e de amor, também podem ser presentes incríveis, inesquecíveis e muito aproveitados por todos. Aqui no post você vai encontrar sugestões sobre tudo isso e muito mais!

Brinquedos tradicionais da nossa infância

A ideia de mostrar aos pequenos como eram os brinquedos de outras épocas e brincar juntos é infalível. Para os adultos é nostalgia pura e para as crianças uma oportunidade de deixar um pouco de lado os celulares, tablets e outros eletrônicos e brincar “de verdade”. Um exemplo são os brinquedos da Rede Asta, feitos à mão por artesãs de baixa renda A produção dos itens respeita o meio ambiente pois reaproveita materiais e gera renda para essas mulheres, sem deixar de lado a qualidade. Tem bilboquês, vai-e-vem, cordas de pular, elástico (Amava! Minha brincadeira favorita na época da escola – mas esse do grupo Divas é bem diferente, colorido e coberto de tecido, uma graça!), peteca e outros brinquedos tradicionais. Vale dar uma passeada pelo site e conhecer o trabalho deles. No site Elo7 você também encontra várias opções artesanais como carrinho de rolimã, pião, fantoches e aqueles tapetes de amarelinha (que aliás eu também tinha e adorava!).

Não quer gastar dinheiro? A maioria desses brinquedos podem ser feitos em casa, com materiais recicláveis e com ajuda das crianças. O próprio momento de construir juntos o brinquedo já vira por si só uma brincadeira muito legal. Também rola dar uma pesquisada no fundo do armário e nas casas dos avós e descobrir relíquias originais “da nossa época” para repassar aos filhotes.

Brinquedos Musicais

O que é a vida sem um pouco de música? A gente ama, e as crianças também. As sugestões de presentes musicais vão desde  um primeiro instrumento mais simples e rústico, como um  Tamborzinho, um Chocalho, um Conjunto de Apitos ou um Pau de Chuva, até, para os maiores, um Mini Acordeon, um Teclado ou um Violão estilo Ukulele, que podem ser a porta de entrada para um estudo mais profissional da música. Se a intenção é incentivar o estudo, a coleção de livros Brincando com Música, da Escala Educacional pode ser um estímulo a mais. Também o site  Sala do Músico, que reúne professores de música de todo o Brasil, está oferecendo agora em outubro, em homenagem ao Dia das Crianças, desconto de 25% no pacote de 4 aulas, ou seja, comprando 3 aulas você ganha uma grátis. Os valores das aulas variam entre R$ 50 e R$ 400 de acordo com o perfil e a especialização de cada professor. 

Não quer gastar dinheiro? Se você tem o dom de tocar algum instrumento musical, chegou a hora de passar adiante seus ensinamentos. Mais uma vez, a grande diversão é curtir momentos de diversão juntos. Não toca nada? Leve seu filho a uma apresentação musical gratuita em sua cidade. No site do Sesc é sempre muito fácil encontrar shows de qualidade gratuitos ou a preços super em conta. Outra ideia é aprenderem juntos técnicas de percussão corporal. Grupos incríveis como o Barbatuques costumam ensinar algumas técnicas simples em vídeos do Youtube.

Brinquedos Eletrônicos 

Não deu pra escapar, né? Quem é você afinal para reclamar? Você por acaso larga esse celular? Desconecta dessas dezenas de aparelhinhos que nos cercam diariamente? Olha lá, héim… Nada de hipocrisia por aqui. Não adianta querer que a sua criança brinque mais na rua sem dar o exemplo antes, combinado? Bora desligar tudo antes de começar a cobrar a criança. Nossa seleção de eletrônicos reúne tablets infantis, carrinhos de controle remoto (da Candide, tem nos temas Frozen e Star Wars, muito legais, gostei de ver que tem um carrinho de controle remoto voltado para o público feminino – sim, a gente sabe que nem precisa ser cor de rosa para as meninas brincarem, mas algumas se importam com isso, acho legal ter essa opção),  um teclado gamer para PC, uma luminária de foguete que também vira lanterna de LED e até uma Minnie com reconhecimento de voz que interage com a criança. Devo confessar, porém,  que tem um presente em especial dessa seleção que eu quero pra mim! Sério… Lançamento da DL, esse Tablet da Hello Kitty, desenvolvido em parceria com a Sanrio, tem sistema Android, wi fi, 3G, processador Dual Core 1,2 GHz, 512 MB de memória RAM e memória interna 4GB. Vem recheado de conteúdos e aplicativos da Hello Kitty e ainda acompanha uma bolsinha exclusiva (e linda). O preço sugerido é de R$ 379,90 e já estou aguardando o meu!

Além de nós recebermos alguns livros das editoras (super obrigada <3), Marco tem manifestado interesse por leitura, que o acompanha na perua durante a ida e volta da escola, intervalo de atividades e em casa. Por conta disso, resolvi fazer uma lista contando o que tá rolando de legal.

Hora de Aventura com Fionna & Cake e Hora de Aventura: Marceline e as Rainhas do Grito

(Editora Panini Livros)

Coloquei esses dois juntos, pq fazem parte da mesma coleção. Esses livros / hq’s são lindos! Capa dura, cores bem vivas e letras grandes, bom para os pequenos que estão iniciando o gosto por leitura. Para quem assiste o desenho “Hora de Aventura”, os personagens já são conhecidos. Mesmo tendo muitas páginas, meu filho leu em 3 dias. Foi sucesso absoluto por aqui!

Preço médio: R$19,90

Classificação Pac Mãe: Crianças na faixa de 8 anos que já estejam familiarizados com leitura, são muitas páginas e a história é um pouco mais longa.

O Pinguim Azul de Miguel

(Editora Quatro Cantos)

Rosana Martinelli e Mariana Belém

Fui ao lançamento desse livro e fiquei encantada, não só pelas lindas ilustrações como também pela forma natural e delicada em que aborda o tema estereótipos de gênero.

Preço médio: R$40,00

Classificação Pac Mãe: Crianças a partir de 6 anos, a leitura vai gerar conversa sobre o tema, o que é bem legal já que nessa idade começam a surgir algumas questões trazidas “de fora” (escola, por exemplo)

A Ditadura é Assim

(Editora Boitempo, Coleção Boitatá)

Mikel Casal

Como funciona a sociedade dentro de um regime autoritário? Quando vi esse livro, pensei “que máximo!!”. Não conhecia e apesar de gostar de política sempre achei complicado explicar de uma forma que seja compreensível para uma criança entender.

A Democracia pode ser Assim

(Editora Boitempo, Coleção Boitatá)

Marta Pina

Complementando a leitura do livro anterior (conforme sugerido por uma leitora do Pac Mãe no instagram <3) aqui é apresentado o conceito de democracia utilizando elementos da rotina das crianças.

Preço médio: R$39,90

Classificação Pac Mãe: Crianças que estejam na faixa de 8 / 10 anos. Esse selo tem mais alguns títulos muito bons, provavelmente falarei sobre eles em um próximo post. Estou tentando fortemente levar essas leituras para a sala de aula.

Authentic Games – Vivendo uma Vida Autêntica

Astral Cultural

Bom, se vcs tem filhos com idade na faixa de 7 anos para mais, certamente já conhecem o canal Authentic Games no Youtube. Acredito que esse é um dos poucos que deixo o Marco assistir mais “sossegada” digamos assim. Esse livro foi um pedido dele aliás, onde o Marco Túlio conta como se fosse um diário como eram as coisas na escola, os “causos” da sua vida, etc

Preço médio: R$20,00

Classificação Pac Mãe: 7 anos. Confesso que relutei em dar o livro, tenho mil ressalvas com esses youtubers, mas lendo junto com o Marco vi que não tem nada demais e que foi uma leitura divertida para o pequeno.

Esse livro sempre terá um lugar especial no meu coração, seja por que é simplesmente lindo ou por ter sido meu primeiro livro de verdade a ser lido, nas minhas férias escolares após a alfabetização, com a ajuda da minha mãe. E tenho certeza que muitas outras Pac Mães vão se apaixonar também!

A fada que tinha ideias conta as aventuras da fadinha Claraluz, que de boba não tem nada! Ela apronta diversas mágicas junto com amiguinhos encantados e nos coloca pra refletir de uma maneira lúdica e inocente sobre temas como obediência, por exemplo.

É um livrinho muito fofo e empoderador, e as ilustrações aquareladas são a coisa mais linda!
Descobri que existe uma versão do livro em peça de teatro e pelo figurino imagino que deva ser muito legal, minha sobrinha já assistiu e adorou.


O livro é da autora Fernanda Lopes de Almeida, publicado pela Editora Ática e custa cerca de 40 reais pela internet. É recomendado para crianças de 08 a 11 anos, mas eu acho que crianças a partir de 06 anos são capazes de compreender direitinho a história. É uma leitura muito gostosa pra se fazer com seu geekling <3

Outro livro queridinho é O menino do dedo verde. Super político, fala das lições do meninos Tistu com seus dois professores tão diferentes e tem um final muito emocionante. É um daqueles livros que a gente não se cansa de ler nunca, é claro, tem ilustrações muito lindinhas e delicadas.

Esse livro tem uma temática atemporal e vale muito a pena ter, não só pelo preço (tem por cerca de 18 reais na Saraiva) mas por que muitas escolas o usam (e devem mesmo!). Ele é classificado como infanto-juvenil, e pessoalmente acredito que crianças a partir de 07 anos conseguem entender a história super bem, com a ajuda de um adulto, claro.

Eu ando querendo muito uma nova edição do meu, pois o que tenho já foi muuuuito manipulado e algumas páginas caíram, então aproveitei pra colocá-lo na minha pilha de livros para reciclagem – uso as páginas para forrar caixinhas, fazer bandeirinhas, lanterninhas e principalmente para desenhar.